São Paulo, terça-feira, 4 de novembro de 1997
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Israel e palestinos negociam nos EUA

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Apesar da ambiciosa agenda proposta pelo governo dos EUA, as negociações entre Israel e Autoridade Palestina, iniciadas ontem em Washington, têm poucas chances de sucesso a curto prazo.
A secretária de Estado Madeleine Albright e o enviado especial do presidente Bill Clinton ao Oriente Médio Dennis Ross, se dizem otimistas sós por dever de profissão.
Todos os analistas sabem que apenas um milagre fará com que as conversações levem, como os EUA propuseram, a um acordo final sobre a retirada de Israel de todos os territórios ocupados e sobre a possibilidade de se criar um Estado palestino.
No máximo, os encontros entre o ministro das Relações Exteriores de Israel, David Levy, e o emissário especial da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, poderão encaminhar soluções sobre a instalação de novas comunidades judaicas na Cisjordânia e a implementação dos acordos de 1993 e 1995.
Mesmo se tivessem seu objetivos limitados a esses pontos menos candentes, as conversações de Washington já teriam reduzidas chances de sucesso. O presidente da Autoridade Palestina, Iasser Arafat, disse ao jornal israelense Maariv que está participando das negociações apesar de ela "não ter qualquer chance de ter sucesso".
Arafat advertiu que, caso Israel não concorde logo em congelar o estabelecimento de comunidades judaicas na Cisjordânia, deixará as negociações.
Mas ele se colocou à disposição de viajar a Washington para uma cúpula com os presidente Bill Clinton e Benjamin Netanhyahu. Não há qualquer indício por enquanto de que Clinton esteja disposto a patrocinar tal encontro em breve.
(CELS)

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