São Paulo, terça-feira, 4 de novembro de 1997
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Agência apura causa da falha no lançamento

DA REPORTAGEM LOCAL

As causas da falha do Veículo Lançador de Satélites (VLS) na tentativa de lançamento ontem em Alcântara, no Maranhão, deverão ser anunciadas a partir da próxima semana, segundo a assessoria de imprensa da Agência Espacial Brasileira (AEB).
O primeiro protótipo do VLS foi explodido anteontem por controle remoto a 3.230 metros de altitude.
A destruição foi decidida pelo Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA), após a constatação de que um dos quatro foguetes auxiliares do primeiro estágio não funcionou. O defeito impediria a colocação do satélite SCD-2A em órbita a cerca de 700 km de altitude.
A explosão ocorreu 65 segundos após a partida do VLS, que aconteceu às 10h25 (horário de Brasília).
Os destroços do foguete e do satélite caíram a 2.000 metros da torre de lançamento do centro espacial de Alcântara, em uma área do oceano Atlântico interditada por medida de segurança.
Os técnicos do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e do CLA, ambos de São José dos Campos (SP) e vinculados ao Ministério da Aeronáutica, deverão elaborar um parecer sobre a falha do lançador.
Os técnicos do IAE e do CLA deverão basear seu parecer nos dados enviados por rádio pelos sensores do VLS e pelo radar de acompanhamento durante os 65 segundos de vôo.
O SCD-2A é uma versão de testes do segundo satélite desenvolvido no Brasil, o SCD-2, produzido pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), de São José dos Campos (SP). Sua função é coletar dados ambientais. O SCD-2 deverá ser lançado em 1998 por um foguete Pegasus norte-americano.
O custo de fabricação do protótipo do VLS é de US$ 6,5 milhões e o do SCD-2A, US$ 5 milhões. O desenvolvimento do VLS desde 1980 custou cerca de US$ 280 milhões. O lançamento mobilizou cerca de 150 técnicos do Inpe e do IAE e foi orçado em R$ 500 mil.

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