São Paulo, quarta-feira, 5 de novembro de 1997 |
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PEDRO CHEQUER É fundamental que todos tenham conhecimento da vontade política do Ministério da Saúde em garantir que as novas terapias contra a Aids são eficazes se seguidas rigorosamente pelo paciente.Inúmeros testes mostram que o uso do coquetel alcança bons resultados e pode reduzir a quantidade de vírus a índices indetectáveis no organismo. Mas, em alguns casos, o tratamento tem-se mostrado ineficaz. A principal razão é o descumprimento pelos pacientes do tratamento prescrito. A questão de adesão ao tratamento é um problema mundial. E os principais motivos das falhas são a intolerância física aos remédios e o excesso de confiança dos pacientes, que, depois de iniciado o tratamento, vêem a contagem de vírus no organismo chegar a quantidades mínimas e acabaram quebrando a disciplina exigida. O paciente que faz uso do coquetel anti-HIV pode chegar a tomar até 16 comprimidos de combate direto ao vírus, além de outras medicações associadas, contra doenças oportunistas. Todos esses remédios são administrados sistematicamente, com horários rígidos, que devem ser seguidos à risca pelo paciente para que o vírus não crie resistência à medicação. A Coordenação Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde iniciou uma pesquisa nacional sobre o uso do coquetel. A pesquisa conta com a colaboração da Unaids, instância das Nações Unidas para a Aids. Os médicos estão sendo alertados para lembrar aos pacientes a importância da vigilância quanto ao uso do medicamento. A administração do coquetel em doentes com Aids foi normatizada pelo Ministério da Saúde em julho, por meio do Guia de Condutas Terapêuticas em HIV/DST. O guia define as condutas corretas no tratamento de doentes com Aids, desde o combate direto ao vírus até as doenças oportunistas, e traz a listagem de 114 remédios indicados para o tratamento. O ministério está distribuindo 100 mil cartazes que alertam profissionais e pacientes sobre a importância da troca de informações entre um e outro no momento de escolher o tratamento adequado. Ao mesmo tempo, distribuímos cópias do vídeo "Atualização em terapia anti-retroviral". É um filme de 28 minutos produzido pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, destinado a médicos que trabalham com a assistência a doentes com Aids. Este é o momento de compartilhar responsabilidades, garantir a cidadania das pessoas que vivem com o HIV e entender que são necessárias parcerias entre profissionais de saúde e pacientes para a melhoria da qualidade de vida. Texto Anterior: Prefeitura dá prêmio para receber IPTU Próximo Texto: Assinante pede entrega pontual Índice |
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