São Paulo, quarta-feira, 5 de novembro de 1997
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MIT faz pesquisas com cinema interativo

DA REPORTAGEM LOCAL

Interatividade é mais do que apertar um botão em um programa em CD-ROM e fazer suas escolhas. Essa é a opinião de Gloriana Davenport, coordenadora e fundadora do departamento de cinema interativo do Medialab no MIT, instituto de tecnologia de Massachusetts, nos EUA.
Em entrevista à Folha, Davenport afirmou que o cinema interativo está mudando a forma de contar histórias.
A pesquisadora não acredita em histórias lineares, com começo, meio e fim. Davenport utiliza programas sofisticados. Trabalhava nos bastidores de canais de televisão e passou para a área digital por achar que poderia criar outros mundos.
"Uma de minhas experiências com cinema interativo já está em prática no MIT", diz ela.
Um painel, em um corredor, mostra um filme com pombos ciscando na praça. Toda vez que alguém passa por esse corredor, os pombos param de ciscar, e surge outra imagem com os pombos levantando vôo. Isso é possível porque sensores infravermelhos detectam a passagem da pessoa.
Na verdade, a primeira sequência de vídeo é permanente. A outra sequência é acionada somente quando os sensores detectam a presença de alguém.
Nova navegação
Além de práticas com cinema interativo, Davenport também trabalha com pesquisas para navegação pela Internet.
Segundo ela, vai mudar o jeito de navegar pela rede mundial. Hoje, o internauta digita o endereço de um site no programa de navegação e vem a página. Se quiser ir para outra página, tem de clicar em uma palavra que forma um vínculo. A pesquisa é por sucessão.
"Em vez de clicar em um ícone para ir para outra tela, o cibernauta vai abrir uma página e apontar para itens, como uma sequência de vídeo ou uma foto. Tudo vai estar na mesma página", diz.

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