São Paulo, quinta-feira, 6 de novembro de 1997 |
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Evasão de adultos é baixa, diz Ruth
FERNANDO ROSSETTI
O projeto é uma parceria de órgãos de governo, instituições de ensino superior (38, no projeto piloto) e setor privado (uma empresa por município), voltado para a alfabetização de jovens e adultos nas regiões onde o analfabetismo é mais alto (Norte e Nordeste). Segundo a avaliação -exposta em um texto de 56 páginas- a evasão entre os 9.101 alunos inscritos ficou em 26%, "baixa para um programa de adultos que acabara de ser implantado". A aprendizagem teve desempenho diferenciado por município. Nas 21 cidades que fizeram avaliação inicial e final, 27% aprenderam a ler e escrever palavras, 21% frases, e 26% textos. O curso foi ministrado em cinco meses, com 69 dias letivos e 198 horas de aula, em média, e voltou-se principalmente aos jovens (44% de 12 a 18 anos). O custo/aluno foi de R$ 34 por mês, metade pago pelo Ministério da Educação, metade pela empresa que "adota" o município. Para Ruth Cardoso, a avaliação mostrou que "este é um modelo de alfabetização que pode ser reproduzido em outras partes do país". A principal crítica foi feita por Sérgio Haddad, diretor da Ação Educativa, organização não-governamental que elaborou para o MEC um modelo de currículo para a educação de jovens e adultos. Segundo ele, o principal problema é dar continuidade a esse trabalho inicial, caso contrario, os conhecimentos se perdem. O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, afirmou que 44 do 120 municípios que já tem o programa estão com processos para a instalação de supletivos para os recém-alfabetizados. Hoje, 40 mil alunos estão no programa. O Brasil tem 18 milhões de analfabetos. (FR) Texto Anterior: Unip divulga lista de aprovados na sua 1ª fase Próximo Texto: Encontro no RS defende fim de hospitais psiquiátricos no país Índice |
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