São Paulo, quinta-feira, 6 de novembro de 1997 |
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Câmara vota amanhã o "fast track"
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Apesar de a lei ter sido aprovada pelo Senado com vantagem superior à prevista (69 votos a 31, nove acima do mínimo necessário), seu destino na Câmara é incerto. A lei do "fast track" é fundamental para a viabilização da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) antes de 2005. O presidente Bill Clinton, que tem feito grande esforço pela sua aprovação, depende da capacidade de arregimentação de votos dos líderes da oposição, já que em seu próprio partido, o Democrata, a lei não tem muitos simpatizantes. No Senado, 26 dos 45 democratas e 43 dos 55 republicanos votaram a favor da legislação. O apoio do líder do governo no Senado, Thomas Daschle, que Clinton só obteve na segunda-feira com promessas de ajuda a produtores rurais da área de Daschle, foi decisivo para o resultado final favorável. Mas na Câmara o líder do governo, Richard Gephardt, não se deixará cooptar. Ele é o único adversário do vice-presidente Albert Gore na disputa pela candidatura presidencial democrata. O presidente da Câmara, Newt Gingrich, principal líder dos republicanos no Congresso, sugeriu ontem que o apoio de seus seguidores ao "fast track" vai depender de concessões que Clinton faça em temas tão variados quanto um teste nacional de educação (que os republicanos desaprovam) à maneira como vai ser organizado o censo nacional de 2000, passando por assuntos orçamentários. Um grupo de empresários passou o dia ontem na Câmara fazendo lobby a favor do "fast track", mas as resistências são grandes. Gephardt já argumenta que o Nafta aumentou o tráfico de drogas do México para os EUA. Texto Anterior: Governo dará mais apoio à exportação Próximo Texto: USP analisa a nova Lei de Telecomunicações; Perspectiva do Plano Real é tema de palestra Índice |
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