São Paulo, quinta-feira, 6 de novembro de 1997
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Elba comanda o circo no Tom Brasil

BRUNA MONTEIRO DE BARROS
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Cantando "vai, vai, vai começar a brincadeira...", a cantora Elba Ramalho incorpora o apresentador e convida o respeitável público a conhecer o circo no qual ela mesma é a atração principal.
Em clima "picadeiro", a intérprete paraibana estréia hoje, no Tom Brasil, a turnê de seu novo disco "Baioque".
Com cenário adequado, direção de Jorge Fernando, uma banda de dez músicos e dois acrobatas, Elba apresenta um repertório repleto de hits de compositores consagrados.
"Queria cantar os melhores sucessos desses compositores", diz a cantora se referindo a Belchior ("Paralelas"), Raul Seixas ("SOS") e Ednardo ("Pavão Mysteriozo"), por exemplo.
Abrindo o show com "Tambores", de Chico César (segundo a cantora, um representante do futuro da música brasileira), Elba segue com "O Grande Circo Místico" (Edu Lobo e Chico Buarque) e "Baioque" (Chico Buarque).
"O 'Circo Místico' (1982), para mim, é um espetáculo irretocável e meu show é inspirado nele", diz Elba, que inclui também no repertório "História de Lily Braun", outra da obra de Chico e Edu Lobo.
Não esquecendo o lado "rainha do forró" (apesar de passar o título para a cantora Marinês, que Elba produzirá em breve), ela relembra "Não Sonho Mais", de Jackson do Pandeiro, entre outras.
"Antes, em São Paulo, ninguém gostava de forró", comenta. "Depois da explosão, o público pede."
"Ciranda da Rosa Vermelha" (Alceu Valença) é a faixa de trabalho de "Baioque", porque está na trilha sonora da novela "Por Amor". Se dependesse de Elba, seria "Vila de Sossego".
Para completar o desfile de hits, também consta do repertório "No Woman No Cry", na versão de Gilberto Gil.
'Camaleoa'
A maior preocupação de Elba na hora de transformar um disco em show é traduzi-lo fielmente. Se o disco for acústico, o show também será.
Mas a intérprete não sossega. Do show que estreou no Rio em agosto, ela diz que já mudou algumas coisas. E deve mudar mais, já que adapta a apresentação de acordo com a platéia.
Mas ela é assim mesmo. Define-se como uma "camaleoa" e garante que a maior diferença entre esta turnê e as outras é que nesta quem se apresenta é outra Elba.
"Sou inconformada com o que já sei, por isso estudo e mudo todo dia", diz. "Durmo de um jeito e acordo de outro."

Show: Elba Ramalho
Estréia: hoje, às 21h30
Quando: quinta, às 21h30, sexta e sábado, às 22h, e domingo, às 20h; até 16/11 Onde: Tom Brasil (r. das Olimpíadas, 66, Vila Olímpia, tel. 820-2326)
Quanto: de R$ 25 a R$ 55

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