São Paulo, quinta-feira, 6 de novembro de 1997
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Esclarecimento; Educação e música; Ruas fechadas; Igreja; Rodízio; Neoliberalismo; Programa espacial; Desgraça familiar; Caixa de maldades; Caetano Veloso; Necessidade

Esclarecimento
"Ficamos indignados e estupefactos -e até desmoralizados perante a nossa comunidade- com as inverdades e trucagens, não só das nossas declarações como do nosso trabalho, na reportagem publicada à pág. 3-14 (Cotidiano), em 12/10. A fala da direção saiu truncada e montada de forma leviana e tendenciosa.
Mostramos à sua 'equipe de reportagem', em fotos de antes e 'in loco', que valorizamos, e muito, o uso da sala de leitura e que, embasados nesse princípio, tivemos a mesma reorganizada e ampliada fisicamente.
Todos os alunos têm acesso direto ao uso da sala de leitura em horários específicos. Tivemos ofertada na rede municipal uma vaga de orientador de sala de leitura e, se a mesma não foi preenchida, deve-se única e exclusivamente aos trâmites legais."
Alexandre Januário Peggion, diretor da escola E.M.P.G. "Sérgio Milliet" (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Marilene Felinto - O diretor está equivocado. Todas as entrevistas feitas na escola estão gravadas, inclusive a dele. A reportagem limitou-se a reproduzir o que viu e ouviu: a sala de leitura da E.M.P.G. Sérgio Milliet estava fechada havia quase um ano para metade da escola, por falta de professor e por decisão do diretor.

Educação e música
"Vimos expressar nosso desagrado pela publicação da reportagem 'Professor lança CD com músicas de cursinho', na Folha, à pág. 5-3 (Ilustrada), em 7/10.
O jornalista Armando Antenore escreve: 'Ele faz o que 9 entre 10 professores de cursinho fazem: micagens em sala de aula para seduzir bandos de adolescentes'.
Caro jornalista, podemos garantir ao
senhor que nossos professores não fazem 'micagens': a sofisticação dos exames vestibulares para as melhores universidades do país, para os quais preparamos nossos alunos, não permite tais artifícios.
Aliás, a passagem citada é eivada de preconceito em dose dupla: se, de um lado, refere-se aos professores como produtores de 'micagens', do outro, considera os alunos como animais, quando se refere a eles como 'bandos de adolescentes'.
Pelas razões expostas, consideramos que a afirmação do jornalista foi ofensiva aos nossos e a todos os professores."
Nicolau Marmo, coordenador geral do Sistema Anglo de Ensino (São Paulo, SP)

Ruas fechadas
"Gostaria de parabenizar a Folha pelo editorial 'Cidade Feudal', de 31/10, além de acrescentar informações relevantes para a discussão do problema.
Já há em São Paulo, bairros inteiros em que ruas foram fechadas, impedindo, em definitivo, a circulação por importantes vias alternativas ao sempre caótico trânsito da metrópole.
Exemplo disso é o fechamento do bairro do Barro Branco, na zona norte, que foi feito com base em uma lei municipal de caráter inconstitucional, aprovada pela câmara dos vereadores durante a gestão do prefeito Paulo Maluf."
Rodrigo Ricoy Dias (São Paulo, SP)

Igreja
"Venho exprimir toda minha indignação, como pessoa e como católica, à reportagem 'Padre adota métodos evangélicos', publicada em 04/11, na Folha, colocando o padre Marcelo Rossi como 'arma' da Igreja Católica contra os evangélicos.
Em primeiro lugar, não se 'luta' contra os evangélicos. A 'luta' do padre Marcelo, e dos padres em geral, é para conscientizar o católico a aumentar sua fé na Santíssima Trindade e ter a misericórdia de Deus ao seu alcance, conseguindo, assim, curas e milagres."
Simone Francischini Neves Grave (São Paulo, SP)

Rodízio
"Querem implantar o rodízio de veículos em Belo Horizonte! E nosso querido prefeito Célio de Castro o quer já! Achamos, entretanto, que antes de se implantar tal rodízio, deveria o assunto ser discutido à exaustão, pois são muitas as 'variáveis' que o cercam, principalmente a falta de um sistema de transporte coletivo confiável e eficiente em nossa cidade."
Geraldo Sérgio Gonçalves (Belo Horizonte, MG)

Neoliberalismo
"Excelente a coluna de Clóvis Rossi do último domingo sobre o castigo que o Brasil recebeu por seguir a cartilha neoliberal!
Eu acrescentaria, ainda, que o modelo neoliberal conduz à concentração de renda e estimula a criação de grandes grupos financeiros, com grande poder de manipulação de seus investimentos nos países em desenvolvimento -inclusive nas Bolsas de Valores.
Deveremos ter mais castigos para o Brasil e os outros desgraçados países do Terceiro Mundo nos próximos meses."
Paulo Rovina (Rio de Janeiro, RJ)

Programa espacial
"É uma pena que a Folha tenha dado importância quase nenhuma ao projeto espacial brasileiro, nos dias em que antecederam o lançamento do veículo lançador de satélite. No dia seguinte ao acidente, o jornal dá destaque na primeira página e com foto colorida.
Mais uma vez se comprova o ditado: 'É mais fácil chegar depois e criticar, do que ajudar a fazer'."
Silvio Reis Junior (Santos, SP)

Desgraça familiar
"Fiquei chocado com a tragédia que se abateu sobre a família Maurino e Pantuzi, de Ribeirão Preto, e que a Folha apresentou na edição de 31/10.
Após o impacto e pensando no futuro daquele pai que, com certeza terá de enfrentar a lei e suas penalidades, fiquei a me perguntar se seria necessário -ainda que a lei tenha que fazer seu papel- ritualizar ainda mais o penar daquele pai vitimado pelo destino."
Tadeu Feitosa (Fortaleza, CE)

Caixa de maldades
"O governo já abriu sua 'caixa de maldades'. Em lugar de limitar e castigar a especulação globalizada dos assim chamados 'capitais especulativos', os premia dobrando a remuneração da taxa de juros. Promove, assim, a alta de preços interna pelo mesmo motivo e impulsa a já presente recessão.
Contra quem Gustavo Franco abriu sua caixa de maldades?
Nós, leigos, perguntamos: para que time ele joga?"
Daniel M. Goldfarb (São Paulo, SP)

Caetano Veloso
"Gostaria de parabenizar o professor Gilberto Felisberto Vasconcellos pelo seu artigo 'Sem mentira não se vive' sobre o livro 'Verdade tropical', de Caetano Veloso, publicado pelo caderno Mais! no último domingo."
Luis Cleber Martines (Ribeirão Preto, SP)

Necessidade
"FHC afirmou que a globalização reduz seu poder político. Como se vê, optar pelo neoliberalismo e ficar sentando em seu trono real não basta.
São necessárias reformas políticas que incentivem o capital produtivo, resgatem a dignidade de milhões de brasileiros desempregados que querem trabalhar.
Chega de se iludir por esses truques nada baratos que criam dinheiro virtual no picadeiro chamado mercado financeiro."
Eduardo Moreno (Macaé, RJ)

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