São Paulo, sexta-feira, 7 de novembro de 1997 |
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PM usa gás e força para conter protesto
MARCELO OLIVEIRA
Atuaram na manifestação 50 PMs do choque, 40 policiais da área e 40 homens do CPTran. A PM tentou negociar a saída dos perueiros até as 8h30, momento em que o coronel Antônio Carlos Rufino Freire, comandante do CPTran (policiamento do trânsito) e da operação, que sobrevoava o local em um helicóptero da PM, determinou o fim das negociações. "Quando desci do helicóptero, falei: 'pode bater', porque, senão, não saía ninguém", disse Rufino. Os perueiros que estavam na linha de frente da manifestação sentaram na pista para impedir a passagem da PM. Mulheres e crianças participavam da manifestação. Às 9h05, PMs da Rota chegaram à ponte e o CPTran posicionou guinchos para apreender as peruas. Quinze minutos depois, os PMs do choque arremessaram as primeiras bombas de gás lacrimogêneo. Uma delas foi devolvida pelos perueiros, que correram em direção ao largo do Socorro, onde apedrejaram ônibus. Às 9h35, a ponte do Socorro estava liberada nos dois sentidos. Segundo o coronel, foi usada "meia dúzia" de bombas de efeito moral. "Elas não machucam porque são feitas de plástico." Os policiais apontaram armas e usaram cassetetes e cães para afastar pedestres e curiosos. Um repórter do SBT e um perueiro tiveram as calças rasgadas pelos cães. "Estava atravessando a ponte quando eles (os PMs) saíram arregaçando (batendo em) todo mundo, sem ver quem era perueiro ou pedestre", disse Paulo Freitas, 38. O coronel Rufino disse que não houve excesso da PM. "A violência foi dos perueiros contra a população de São Paulo." Segundo o comandante do CPTran, o comportamento da PM foi exemplar. "Usamos bombas de efeito moral e ninguém se machucou. Daqui para a frente será assim em todas as manifestações que bloquearem o tráfego." (MO) Texto Anterior: Perueiros fecham ponte e param zona sul Próximo Texto: Cidade tem trânsito caótico Índice |
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