São Paulo, sexta-feira, 7 de novembro de 1997 |
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Folha Emergência - Como ficarão os juros de mora (por atraso) e de impostos e taxas, como o IPVA? Não mudam. - Comprou carro financiado, com parcelas corrigidas pela variação cambial. Como fica? Os juros são prefixados e já embutidos na prestação. Sobe conforme o dólar, mas este deve manter o ritmo de 0,6% de variação mensal. - É melhor aplicar em fundo de renda fixa ou na poupança? Pelo menos neste mês, dê preferência à poupança. - A TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) vai subir também? Como é uma taxa de longo prazo e ajustada a cada três meses, o impacto será menor. Mas pode subir um pouco para o trimestre dezembro/fevereiro. - Por que os juros da poupança variam tanto de um dia para outro? O rendimento da poupança é uma composição de TR com 0,5% ao mês. E a TR varia conforme o número de dias úteis no intervalo dos "aniversários". - Devo tirar meu dinheiro de um fundo de renda fixa? A maioria dos que tinham perfil prefixado, sem proteção de DI, já ajustou para baixo o valor da cota. Não há razão para pânico. Em dúvida, confira a saúde da instituição onde você aplica. - Por que, segundo muitos economistas, o Brasil não aguentaria mais dois meses de juros altos? Porque juros muito altos, com inflação praticamente zero, oneram as empresas e o caixa do próprio governo, o maior devedor no país. Mas é discutível dizer que o "país não aguentaria". - Aplicação em fundo foi prorrogada por 60 dias sem consulta. Retira o dinheiro e deposita em poupança? Dinheiro em fundos e poupança é reaplicado automaticamente em qualquer banco. É diferente de CDB. Passar de fundo para poupança fora da data-base não é recomendável. A maioria dos fundos já ajustou o valor da cota para baixo e passou a render mais. - Aplicação em FIF de 30 dias caiu de R$ 6.200 para R$ 6.140. O rendimento será sobre o saldo original? Os fundos reduziram o valor da cota para poderem render mais, mas o rendimento em todo o período será afetado. Isso ocorreu porque os fundos compravam títulos com juros prefixados de 1,6% ao mês. Quando maior o prazo médio dos títulos em poder do fundo, maior a queda do valor da cota. - Tem financiamento de imóvel na CEF com juros de 12% ao ano mais TR, sem formação de resíduo ao final do contrato. Haverá alteração? Os juros de 12% não mudam. O que aumenta é a TR, com reflexos no saldo devedor e na prestação mensal, mas se os juros voltarem a cair daqui a uns dois meses o impacto será diluído no tempo. - Vale a pena sacar da poupança para depositar em outra data, só para receber juro mais alto? Como o salto dos juros foi muito grande, pode haver vantagem em saque de contas com aniversário no final do mês, dos dias 26 a 28. Mas o melhor momento da troca foi o último dia 3. - Como ficam os juros embutidos nas prestações do crediário? Em contratos mais antigos eles não mudam nas prestações prefixadas (valor fixo), que é a grande maioria. Nos novos contratos os juros são mais altos, com algumas exceções. - Qual a previsão para a TR de dezembro? É difícil prever, pois os juros estão altos e oscilando. Mas em termos relativos será menor, pela própria fórmula que define o redutor aplicado à média dos CDBs para obtenção da TR. O redutor deve passar de 1,15% para uns 1,45%. Texto Anterior: Bolsa fecha com queda de 5,54% em novo dia nervoso Próximo Texto: BC venderá R$ 1,5 bi em títulos cambiais Índice |
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