São Paulo, sexta-feira, 7 de novembro de 1997
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Petroleiro discute greve geral amanhã

Trabalhadores pararam ontem

DA FOLHA CAMPINAS; DA SUCURSAL DO RIO; DA AGÊNCIA FOLHA

Sucursal do Rio
Lideranças sindicais dos petroleiros se reúnem amanhã no Rio para definir como pressionar a Petrobrás a retomar as negociações salariais, paradas há cerca de duas semanas.
Segundo o coordenador da FUP (Federação Única dos Petroleiros), Antônio Carlos Spis, os trabalhadores podem optar por uma greve geral caso a empresa não dê sinais de que pretende negociar.
"Se a Petrobrás não se manifestar, nós vamos para o confronto."
A última proposta da Petrobrás foi feita há cerca de um mês. A empresa ofereceu 3% de reajuste, mas os petroleiros recusaram o aumento.
Eles pedem reposição de 6,71% no salário, 22% de produtividade, mais um abono de um salário (em média R$ 800).
Ontem, os petroleiros realizaram paralisações nas dez refinarias e nos centros administrativos da Petrobrás em todo o país.
O movimento não foi uniforme. Em algumas refinarias, a adesão foi pequena.
A FUP, no entanto, avalia que cerca de 80% dos 43 mil petroleiros participaram da manifestação no período da manhã.
Já a direção da Petrobrás classificou como "inexpressiva a participação no pretendido movimento de paralisação". Todas as atividades operacionais da companhia foram mantidas, segundo nota distribuída pela empresa.
Em Paulínia, a maior refinaria da Petrobrás, cerca de cem pessoas participaram de uma vigília durante a parte da manhã.
Entre os manifestantes estava o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, que criticou a posição da Petrobrás nas negociações.

Colaborou a Agência Folha

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