São Paulo, sexta-feira, 7 de novembro de 1997
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UM CONTO DE CHANDLER

"A menina estava andando com alguns tipos barra-pesada e frequentava casas noturnas e antros de jogatina. A velha pressentiu um escândalo e preferiu não procurar a polícia. Ficou na sua até que uma amiga de Isobel viu o cachorro aqui no seu estabelecimento. Ela contou à tia. A tia me contratou porque, quando a sobrinha saiu na sua camionete e não voltou mais, levou o cachorro com ela.
Apaguei o cigarro com o salto do sapato e acendi outro. O pequeno rosto de Sharp estava branco como cera. (...)
- A polícia ainda não sabe de nada- acrescentei (...).
- O que...O que você quer que eu faça? -balbuciou o homenzinho.
- Acha que vai descobrir mais alguma coisa a respeito do cachorro?
- Acho que sim -apressou-se a responder. - O homem parecia gostar muito dele. (...)"

Trecho de "O Homem que Gostava de Cães", do escritor Raymond Chandler

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