São Paulo, sexta-feira, 7 de novembro de 1997
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Brás e Mooca eram um só

DA REPORTAGEM LOCAL

O jogo de bocha, o crustoli (doce típico), a fisga para caçar rã e o indefectível sotaque italiano -imitado à exaustão- são coisas que os mais antigos moradores da Mooca, o bairro dos operários, não abandonaram até hoje.
O bairro tem muitas semelhanças com o Brás. Afinal de contas -como ressalta a repórter Neide Duarte, responsável pelos dois programas-, os dois eram um só no princípio.
"Nosso trabalho foi batalhar o testemunho vivo. As pessoas vibravam de contentamento pelo fato de alguém se interessar por sua memória", conta.
Na Mooca, ela mostrou que Alfredo Di Cunto, dono de uma das confeitarias mais tradicionais da região, ainda trabalha fazendo panetones e que os japoneses agora jogam gateball (espécie de críquete) onde era o hipódromo.
No Brás, revelou que o escritório ocupado pelo presidente da CUT, o sindicalista Vicentinho, já pertenceu ao conde Matarazzo, um dos maiores industriais da cidade.
Não se esqueceu de mencionar a "escuderia Pepe Legal", dos "boys da Mooca", inspirados pela Jovem Guarda nos anos 60.

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