São Paulo, sábado, 8 de novembro de 1997 |
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Coelba é mais cara por energia distribuída
CLÁUDIA TREVISAN
Por esse cálculo, as empresas que alcançaram o maior preço foram Coelba (Companhia de Eletricidade da Bahia), CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) e a distribuidora gaúcha Norte-Nordeste. Estimativas feitas pela consultora Isabel Bresser, da Fator Corretora, a partir da capacidade de distribuição de cada empresa, mostram que a Coelba alcançou o valor mais alto por GW/h: R$ 455. Em seguida, vêm a CPFL, com R$ 444, e a Norte-Nordeste, com R$ 410. Os compradores dessas empresas pagaram mais por GW/h que os novos controladores da Centro-Oeste, que, por esse critério, custou R$ 288 por GW/h. A distribuidora gaúcha passou para a iniciativa privada por R$ 1,510 bilhão, com ágio de 93,55%. A CPFL custará aos novos controladores cerca de R$ 3,500 bilhões -ágio de 70,15%. Na Norte-Nordeste, o preço foi de R$ 1,635 bilhão (ágio de 82,62%). A Coelba foi privatizada por R$ 1,73 bilhão e sobrepreço de 77,38%. "Esses números demonstram quanto vale a empresa pela energia que ela distribui", afirma Isabel. Para ela, os preços muito altos decorrem do "prêmio" que os compradores pagam para ter o controle da empresa. Os cálculos demonstram que nem sempre o ágio e o preço têm a mesma proporção que o valor da empresa por GW/h distribuído. A mais barata A Escelsa (Centrais Elétricas do Espírito Santo) foi a mais barata das elétricas pelos dois critérios. Foi privatizada em julho de 95 por R$ 357,920 milhões e ágio de 11,78%. Na época, isso correspondia a R$ 126 por GW/h. Vendida quase um ano depois, a Light custou R$ 2,217 bilhões (ágio zero). Ou R$ 210 por GW/h. Essa relação caiu na privatização seguinte -da Cerj (Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro). A empresa foi arrematada por R$ 605,330 milhões (ágio de 30,27%) ou R$ 187 por GW/h. Texto Anterior: BNDES financia vencedor com R$ 890 mi Próximo Texto: Ermírio festeja vitória do capital nacional Índice |
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