São Paulo, sábado, 8 de novembro de 1997
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Pedagoga refém vira motorista

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

A pedagoga Gisele Nunes Cavallini ofereceu as chaves, a bolsa e o carro aos assaltantes. Em troca, não queria ser feita refém. "Mas eles não sabiam dirigir e precisavam de uma motorista", disse.
Gisele estava indo para o trabalho quando parou num posto de gasolina na esquina das alamedas Campinas e Lorena, nos Jardins (zona sudoeste). Ela estava abastecendo o Voyage quando os assaltantes bateram na porta do carro.
"Queriam que eu abrisse a porta." Mesmo após dizer que entregaria tudo aos ladrões, ela teve de dirigir o carro. Atrás dos assaltantes estavam os PMs Edilson Xavier Prates e Nilton Romero Junior.
Prates, que trabalha na cavalaria da PM, viu os assaltantes entrarem no Voyage e virarem na alameda Lorena. No sentido contrário, vinha um carro da PM. "Um dos ladrões viu o carro e me mandou parar, dizendo que eles já estavam pegos", afirmou a pedagoga.
Os assaltantes pararam. "Apontei o Voyage para os colegas (policiais) que estavam no carro", disse Prates, que foi baleado no pé.
Com os assaltantes, foi encontrada só uma pistola. A outra arma teria sido jogada fora pelos ladrões durante a perseguição. "Um PM abriu a porta do meu carro e me retirou", disse a pedagoga.
Além dela, os ladrões haviam tentado fazer de motorista o estudante Valter Leo Zach Junior. Eles entraram por uma porta do carro e o estudante saiu pela outra. "Só ouvi tiros. Escondi-me atrás de uma coluna."
(MG)

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