São Paulo, sábado, 8 de novembro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Sindicalistas adversários fazem 'rali' na marginal Pinheiros Disputa envolve eleição do sindicato, que acabou ontem RODRIGO VERGARA
Na corrida, os três carros envolvidos chocaram-se cinco vezes. A disputa só acabou com a chegada de um carro da PM, que abordou os veículos e levou os envolvidos para o 96º DP (Brooklin). Carlos Alberto Amaral e Francisco de Assis Moreira foram acusados de direção perigosa e danos. Entre os envolvidos estavam dois policiais, um civil e um militar, que faziam segurança armada para a chapa 2. Um terceiro segurança contratado pela chapa também estava armado. Todos tinham porte de arma e foram liberados. O motivo da perseguição foi a disputa por uma urna da eleição do sindicato, com cerca de 520 votos, que estava sendo transportada em um táxi do local de votação, na zona sul da cidade, para o parque da Água Branca (zona noroeste). O táxi com a urna foi perseguido por um Opala e um Gol ocupados por representantes da chapa 2 e outro Gol com membros da chapa 3 a bordo. Todos alegaram que queriam impedir os adversários de fraudar a urna. A primeira batida entre os carros ocorreu já na saída do local de votação. Alguns minutos depois, sobre a ponte Morumbi, os carros voltaram a se chocar, disputando espaço atrás do táxi com a urna. A PM foi chamada pelo celular dos membros da chapa 3, que se disseram perseguidos por um carro ocupado por pessoas armadas. Fraude Para Francisco de Assis Moreira, candidato a diretor pela chapa 2, o local de votação, a garagem da viação Campo Belo, é seu reduto eleitoral. "Nós temos 98% dos votos naquela urna. Eles (a chapa 3) fizeram esse bafafá para tentar melar esses votos." O advogado da parte adversária, Arnaldo Donizete Dantas, confirmou a intenção. "A intenção é impugnar, porque em alguns momentos a urna ficou sem segurança, vulnerável a fraude." Em seu depoimento, porém, o tenente PM Milton Fabio Busquim Zanini, 23, afirmou que "a urna não foi violada". R$ 250 mil As eleições do sindicato dos condutores de ônibus de São Paulo são normalmente tumultuadas. Tanto é assim que a apuração do último pleito foi feita no quartel do Batalhão de Choque da PM. A categoria tem 55 mil trabalhadores, 33 mil deles filiados ao sindicato. A receita mensal da entidade é de R$ 350 mil, vinda do imposto sindical, de 2% do salário. Neste ano, três chapas estão inscritas. Disputam a presidência Elesionor de Freitas (chapa 1), José Carlos da Silva (chapa 2) e Gregório Poço (chapa 3). Os dois últimos fazem parte da atual diretoria e são ligados a correntes da CUT. A chapa 2 é ligada à corrente Articulação Sindical, mesma do atual presidente, José Alves do Couto. Texto Anterior: Vereadores mantêm assessores nas regionais Próximo Texto: Perueiro clandestino continua a trabalhar após sanção de lei Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |