São Paulo, sábado, 8 de novembro de 1997 |
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Guardas são acusados de agredir mendigos
RONI LIMA
Os guardas foram autuados por lesões corporais na 9ª DP (Delegacia de Polícia), no Catete. O guarda Eduardo Alves Chagas foi também autuado por porte ilegal de arma. Os mendigos Ânderson Ângelo de Jesus, 19, e Gilmara Ferreira, 37, e dois menores de 17 anos disseram ter sido agarrados pelos guardas no estacionamento do restaurante Rio's. Os quatro teriam sido então levados para o alojamento da Guarda Municipal no aterro. Ali, Ângelo de Jesus e Gilmara teriam sido espancados. Os menores não teriam sido agredidos. Segundo o casal, os guardas queriam informações sobre o paradeiro de um mendigo conhecido como Deda, acusado de ter violentado e assassinado, há 15 dias, um menino de 7 anos em uma área do aterro. Os dois mendigos disseram que foram levados para um quarto, onde teriam levado socos e pontapés. O guarda Eduardo Alves Chagas, que estaria portando um revólver (o que não é permitido), teria dado coronhadas no rosto de Gilmara. Com hematomas no rosto, a mendiga afirmou que durante o interrogatório ainda teve um cordão e R$ 20 roubados. Segundo ela, o dinheiro fora dado por uma pessoa que saíra do restaurante. Após o suposto espancamento, os mendigos teriam sido colocados em uma Kombi da Guarda Municipal e levados de volta para um local perto do restaurante. Ali, Ângelo de Jesus e Gilmara teriam sofrido nova agressão. Testemunhas Algumas pessoas teriam presenciado a suposta agressão, chamando a polícia. Policiais do 13º BPM (Batalhão de Polícia Militar) foram até o local e prenderam os guardas municipais Chagas, Luiz Carlos dos Santos Costa, Luiz Eduardo Lopes da Silva, Paulo Roberto Carvalho Barros, Marcelo Antônio Ferreira e Jorge Luiz Guedes de Oliveira. A direção da Guarda Municipal abriu processo administrativo para investigar as acusações. Segundo a direção, os guardas negaram as agressões. Para a Guarda Municipal, Chagas teria um revólver 38 registrado em seu nome. Mas a arma estaria dentro de seu carro. A direção informou que o guarda declarou que não estava portando o revólver na hora em que interrogava os mendigos. Texto Anterior: CET interdita pista da Heitor Penteado Próximo Texto: Prisão causa protesto no RJ Índice |
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