São Paulo, sábado, 8 de novembro de 1997
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Argentina busca agressores de Leão

LÉO GERCHMANN
DE BUENOS AIRES

As principais preocupações da imprensa argentina e do Lanús ontem à tarde eram descobrir quem foram os agressores do técnico do Atlético-MG, Émerson Leão, e acalmar os ânimos para o jogo de volta, em Belo Horizonte.
Lanús, time da Grande Buenos Aires, e Atlético-MG fazem a final da Conmebol, terceiro torneio em importância da América do Sul.
No primeiro jogo, que terminou em briga generalizada, o time brasileiro bateu o argentino por 4 a 1. A reação ontem, um dia depois dos incidentes, era de nervosismo e busca de explicações.
A Confederação Sul-Americana de Futebol não pode ser ouvida sobre as agressões porque a linhas telefônicas do Paraguai, onde fica a sua sede, não funcionaram durante todo o dia de ontem.
Os dirigentes do Lanús responsabilizaram o árbitro uruguaio Gustavo Gallesio pelos incidentes ocorridos depois da partida.
Segundo eles, Gallesio deveria ter expulsado de campo os jogadores Ruggeri (Lanús) e Jorginho (Atlético-MG) quando os dois se agrediram no segundo tempo.
O assessor de imprensa da AFA (Associação de Futebol Argentino), Washington Rivera, atendeu de forma ríspida a Folha, dizendo que a entidade nada tinha a dizer e que ele não viu os incidentes.
"Quem tem de se manifestar sobre isso é a Confederação Sul-Americana. Nós não sabemos de nada sobre o estádio", disse, ao ser questionado sobre uma possível interdição do estádio.
A imprensa classificou a briga de "vale-tudo" e disse não haver justificativa para a reação do Lanús.
Leão, que foi agredido duas vezes, teve a mandíbula quebrada. Na primeira agressão, o treinador brasileiro tentava apartar a briga quando um homem calvo, com camisa azul, bigode e cavanhaque, de estatura média, o derrubou ao dar-lhe um soco e sair correndo.
A segunda agressão teve como autor um guarda, que atingiu o ex-goleiro com um objeto contundente e depois se desfez dele.
Os jogadores do Lanús levaram os brasileiros até o alambrado, onde os torcedores também agrediram os brasileiros.
As cenas de TV servirão para identificar os autores das agressões. "Na hora, não deu para pensar em nada", disse Ruggeri.

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