| São Paulo, sábado, 8 de novembro de 1997 |
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Que bagunça no planeta!
FERNANDO BONASSI
Eu fico até tonto! A única confusão que eu conhecia com bolsa era a confusão da bolsa da minha mãe, que tem um monte de coisa dentro e, muitas vezes, nem ela mesma acha o que quer! Eu juro que quis entender mais sobre isso tudo e fiquei falando com um amigo do meu pai... Se eu entendi o que ele disse, o negócio é assim: quando, por exemplo, uma fábrica quer dinheiro pra construir mais fábricas, ela faz uns papéis, que chamam de ações. Depois ela põe esses papéis, as ações, pra vender num lugar, que é a tal da Bolsa de Valores. Cada um que compra um papel, fica dono de um pedacinho da fábrica que vão fazer. Então, tem horas que uns não querem mais aqueles papéis ou precisam de dinheiro de verdade e vendem tudo... Bom, aí, outros que tem papéis iguais se assustam e ninguém mais quer aquilo. O que acontece? Bom, aqueles pedacinhos de papel, que são pedacinhos da fábrica, deixam de valer o que valiam e vão valendo cada vez menos. Quer dizer: a fábrica toda pode até acabar! Deu pra entender? Bom, o que eu acho importante é esses homens da Bolsa aí tomarem cuidado, porque, se todos os lugares começarem a valer nada, onde é que nossos pais e mães vão trabalhar? Isso porque, se as coisas continuarem assim, muitas empresas vão ter dificuldades com dinheiro. Texto Anterior: CARTAS Próximo Texto: Livros ganham festa no circo Índice |
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