São Paulo, domingo, 9 de novembro de 1997 |
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As Copas que não aconteceram
RODRIGO BERTOLOTTO; RODRIGO BUENO; SÉRGIO TEIXEIRA JR.
Equipes brilhantes, na descrição de quem as viu jogar, não puderam mostrar seu futebol para o mundo. A Europa arrasada tornou impossível os Mundiais de 1942 e 1946. A Folha publica hoje uma projeção de como seriam essas duas Copas. A base para esse levantamento são os jogos oficiais das seleções realizados após a final da Copa de 1938, a última edição antes do conflito, e outubro de 1946, data escolhida para o fictício Mundial de 46, em Portugal. As reportagens e os quadros das próximas duas páginas usam critérios semelhantes aos da Fifa, o órgão que comanda o futebol mundial, na compilação de seu ranking. A elaboração das duas tabelas de seleções envolveu mais de mil cálculos. Foram analisadas 387 partidas, disputadas por 39 seleções (10 da América do Sul e 29 da Europa). Os sul-americanos levaram vantagem -quem fez mais jogos recebeu mais pontos-, porque muitos países europeus tiveram o futebol paralisado nos anos da guerra. Mas, como mostra a última página deste suplemento, jogadores, dirigentes e torcedores fizeram esforços inimagináveis para que futebol e guerra pudessem coexistir e que o esporte continuasse vivo. A projeção mistura história e um exercício de imaginação. A Copa de 1942, por exemplo, seria realizada no mês de julho, na Argentina. O país foi escolhido por estar longe do conflito bélico e ser neutro, além de ter tradição no futebol. Naquele ano, a expansão nazista sobre a Europa estava no auge. O Brasil também foi descartado como sede por ter entrado na guerra (em agosto de 1942). A projeção não leva em conta as zebras, que rondaram as Copas seguintes. Em 1950, o Brasil perdeu a final para o Uruguai, em pleno Maracanã; em 1954, a Alemanha foi campeã sobre a favorita Hungria, que, até aquela final, era imbatível. Próximo Texto: Argentinos são bicampeões Índice |
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