São Paulo, domingo, 9 de novembro de 1997 |
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Lanos reúne bom motor e deficiências Acabamento apresenta falhas JOSÉ CARLOS CHAVES
Para isso o sedã importado oferece um boa relação custo-benefício. A sua versão mais básica, que custa R$ 23,9 mil, traz vários equipamentos de série, como ar-condicionado, direção hidráulica, trava central das portas e acionamento elétrico dos vidros dianteiros e traseiros. A versão mais completa, que atinge os R$ 29,8 mil, inclui câmbio automático, freios antitravamento ABS e airbags (almofadas de ar que inflam em colisões) para motorista e passageiro. Nada mal para um carro que esconde sob o capô um valente motor 1.6 de 16 válvulas, que desenvolve 106 cavalos de potência. Em teste realizado pela Folha e pelo Instituto Mauá de Tecnologia, o Lanos fez de 0 a 100 km/h em 11,93 segundos, marca melhor que a do Polo, por exemplo, com motor 1.8 de oito válvulas, que levou 12,96 segundos para atingir a mesma velocidade. No consumo de combustível, o Lanos também se destacou. Venceu o Polo na estrada (14,2 km/litro contra 13,7 km/litro do Polo) e na cidade (9,3 km/litro contra 9,2 km/litro). No entanto o que mais impressiona nesse coreano é o aproveitamento do espaço interno. Se à frente motorista e passageiro viajam folgados, atrás os ocupantes encontram mais liberdade ainda. Quem tiver 1,80 metro vai poder sentar tranquilamente, sem o tradicional incômodo de ficar com a cabeça raspando no teto. O design moderno também agrada. A grade cromada, que equipa todo os carros da linha Daewoo (leia texto abaixo), e os faróis e piscas cobertos por uma lente única dão um certo ar elegante e diferenciado ao carrinho. Apesar de o coreano revelar suas virtudes nos quesitos motor, espaço interno e até mesmo no desenho, é na qualidade de acabamento que o modelo é reprovado. Um rápido passeio por qualquer piso levemente acidentado é suficiente para se ouvir inúmeros ruídos, que se originam principalmente dos revestimentos plásticos das portas, além de alguns poucos barulhos que vêm da suspensão e do painel. Durante uma semana, o Lanos apresentou ainda dois defeitos. Um deles era a janela do motorista, que deixou de fechar completamente -precisava de ajuda externa, pois o vidro saía da canaleta toda vez que era levantado. Até mesmo a simples tampa do porta-luvas, pouquíssimo usada, deu problema. Para abri-la, no início bastava um leve toque. Depois, era necessário levantar o trinco com força. O banco do motorista também se mostrou difícil de ser regulado. Se se alcançasse os pedais, ficava longe do volante. Se ficasse perto do volante, estava distante dos pedais. Mas vale a pena conferir de perto se o Lanos é um bom negócio. A marca está oferece um serviço -chamado Daewoo Money Back- que promete devolver o dinheiro se o consumidor não gostar do carro em até sete dias ou 1.000 km de uso. Texto Anterior: Saiba como recorrer da multa de trânsito Próximo Texto: Marca coreana cria família de "clones" Índice |
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