São Paulo, segunda-feira, 10 de novembro de 1997
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Globalização tem três visões

DO ENVIADO ESPECIAL A ESTOCOLMO

Embora praticamente todos entendam intuitivamente o que quer dizer globalização, no meio político e acadêmico esse conceito tem três abordagens principais.
Para evitar confusões, o seminário "Solidariedade Internacional e Globalização" começou com a apresentação do artigo "Definindo um Alvo e um Movimento", do cientista político, Anthony McGrew, da Universidade Aberta (Inglaterra). McGrew denomina as três abordagens de "hiperglobalista", "transformacionista" e "cética".
Para os hiperglobalistas, o Estado deixa de ter relevância, é classificado até como não-natural e desconsiderado como unidade econômica viável. O resultado é o fim do estado de bem-estar social e a necessidade de organismos internacionais para regular as atividades humanas.
Os transformacionistas "argumentam que o processo contemporâneo de globalização não tem precedentes históricos; e está produzindo novos esquemas de inclusão e exclusão."
Nessa visão, "os governos estão tendo de se adaptar a um mundo em que não há mais clara distinção entre questões externas e internas".
Já os céticos alinham dados que revelam uma diminuição do comércio entre o Norte e o Sul e a concentração das relações comerciais entre os países desenvolvidos.
Ou seja, estaria havendo um processo de "internacionalização" (interações entre economias predominantemente nacionais), acompanhado de uma crescente regionalização.

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