São Paulo, segunda-feira, 10 de novembro de 1997
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Clinton pede "ação firme" contra Iraque

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente dos EUA, Bill Clinton, pediu que a ONU "aja de forma muito firme e sem ambiguidade" para forçar o Iraque a acatar as decisões da Unscom, a comissão especial da organização encarregada de desmantelar o arsenal de destruição em massa do país.
Bagdá barrou ontem, pelo sétimo dia seguido, a participação de americanos em inspeção da Unscom. A crise atual entre o Iraque e a ONU começou em 29 de outubro, quando o governo do presidente Saddam Hussein ordenou que os americanos que integram a Unscom deixassem o país, acusando-os de espionagem.
Uma delegação da ONU esteve em Bagdá na semana passada para tentar anular a ordem de expulsão, considerada inaceitável pelo Conselho de Segurança. O órgão executivo da ONU se reúne hoje em Nova York para ouvir o relatório da delegação, que aparentemente não fez Saddam recuar.
O vice-premiê iraquiano, Tareq Aziz, deve chegar a Nova York hoje para explicar a posição de Bagdá ao Conselho. O Iraque disse que, até as conversações em Nova York acabarem, a ONU deve suspender seus vôos de reconhecimento sobre o país. Bagdá ameaça derrubar os aviões U-2 se a ONU insistir nos vôos e colocou seus sistemas de defesa antiáreos em alerta.
Os U-2 podem retomar os vôos hoje. Clinton disse que não vai tolerar um ataque contra eles.
"Eu espero que a ONU deixe perfeitamente claro que ele (Saddam) deve aceitar (as determinações da Unscom)", disse Clinton em entrevista à TV americana NBC, gravada no sábado.
"Se ele não o fizer, então a comunidade internacional terá que tomar uma atitude", disse Clinton.
Questionado se um ataque militar contra o Iraque seria necessário, Clinton, disse: "Eu não quero descartar nem sinalizar nada por enquanto."
Clinton disse que um ataque contra os U-2 "seria um grande erro. Nós não toleraremos tentativas de assassinar os nossos pilotos agindo a serviço da ONU".

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