São Paulo, terça-feira, 11 de novembro de 1997
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Medindo o freio; Pelo telefone; Gato escaldado; Pé no acelerador; Nuvens negras; Pé atrás; Dia de estudo ; Contra a parede; Vizinhança apreensiva; Como em Casablanca; Jogando para a torcida; Em dois tempos; Olhos marejados; Freio puxado; Dinheiro certo

Medindo o freio
O ING Barings reviu sua estimativa de crescimento econômico para 98 -de 3,5% para não mais do que 2%. O déficit em conta corrente será menor: US$ 35 bilhões contra os previstos US$ 40 bilhões.

Pelo telefone
Além do ING Barings, mais quatro instituições realizaram ontem conferências telefônicas: Morgan Stanley, Goldman Sachs, BankBoston e Chase. Todas fizeram avaliações positivas do pacote.

Gato escaldado
Em todas as conferências, os clientes perguntaram se as medidas não seriam mais um blablablá. A resposta dos bancos foi a mesma: desta vez, não.

Pé no acelerador
Indagado sobre o porquê de os cortes terem sido feitos só agora, Amaury Bier, do Ministério do Planejamento, foi claro: "Sempre cortamos. Mas ocorreu uma mudança no cenário internacional e fomos obrigados a aumentar a velocidade dos cortes".

Nuvens negras
Para Bier, a reação do mercado não foi mais radiante porque o cenário internacional "continua muito carregado".

Pé atrás
O mercado preferiu se comportar como São Thomé: quer ver para crer. Até porque ainda não conseguiu separar o que é corte de gasto do que é corte de vento.

Dia de estudo
Para banqueiro, os mercados ontem ainda reagiram de maneira discreta, aqui e no exterior. Segundo ele, os operadores aguardam mais informações. "Ontem, foi um dia de avaliação."

Contra a parede
Para outros analistas, o mercado não conseguiu reagir, embora tenha gostado do sentido do pacote, por medo. Hoje é feriado na Bolsa de Nova York e amanhã o Fed (banco central dos EUA) se reúne.

Vizinhança apreensiva
As ações da montadora de automóveis argentina Sevel chegaram a cair 10% no meio do pregão com os temores da que as exportações para o Brasil seriam atingidas.

Como em Casablanca
Horácio Lafer Piva, vice-presidente da Fiesp, acha o pacote fiscal "corajoso e forte". Mas vê necessidade de "maior transparência" sobre como e onde serão feitos os cortes. Para ele, "prenderam os suspeitos de sempre".

Jogando para a torcida
Para o diretor-geral da Brahma, Marcel Telles, o governo não está fazendo todos os cortes que deveria. "O pacote é para inglês ver."

Em dois tempos
De Sergio Haberfeld, da Dixie Toga: "Vamos ter um primeiro semestre do peru e um segundo, do Fernando (FHC)".

Olhos marejados
Kandir deverá ser recebido com muito choro na quinta-feira no quinto jantar da Unidade de Turisno Nacional, que reúne as entidades do setor.

Freio puxado
Pesquisa feita pela DMV do dia 3 a 7 em 19 shoppings do país revela queda de 15% nas vendas e de 10% no fluxo de visitantes.

Dinheiro certo
O IR das pessoas físicas subiu por duas razões: reduz o consumo e os assalariados não conseguem sonegar.

E-mail:±painelsa@uol.com.br

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