São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 1997
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Custo de vida sobe para 0,37% em SP

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

A taxa de inflação deu um salto no início deste mês em São Paulo. Saiu de 0,22% em outubro para 0,37% nos últimos 30 dias até 7 deste mês, segundo dados da Fipe.
O aumento da taxa, no entanto, não é consequência do pacote econômico do governo, que só vai começar a influenciar a taxa de inflação a partir da terceira semana.
Habitação e vestuário foram os responsáveis pela aceleração. Os custos com habitação sobem porque as administrações dos prédios estão elevando as taxas de condomínio para fazer caixa para o pagamento do 13º dos empregados.
Já a alta no setor de vestuário ocorre porque acabaram as liquidações de roupa de inverno. Após queda de 0,94% em outubro, os preços subiram 0,81% na primeira quadrissemana de novembro.
Os outros componentes do índice pressionaram menos neste início de novembro, inclusive a alimentação, que vinha em alta, diz Heron do Carmo, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe.
As novas medidas econômicas do governo fizeram a Fipe rever as expectativas inflacionárias. Para este mês, a taxa fica entre 0,4% e 0,5% e dezembro não deverá mais ter inflação zero. Com isso, a taxa acumulada no ano, que estava prevista em 3,9%, sobe para 4,2%, diz Heron do Carmo.
O efeito do pacote sobre a inflação não será grande. Enquanto alguns produtos, como combustíveis e bebidas, devem subir, a queda da demanda deve provocar a queda em outros.
Os novos focos de pressão do índice devem vir de transportes e tarifas públicas. Quanto a estas últimas, depende dos percentuais de reajuste do governo.
IGP
O Índice Geral de Preços da Fundação Getúlio Vargas registrou alta de 0,34% em outubro. As maiores pressões vieram dos preços no atacado (0,41%). Já os preços ao consumidor subiram 0,29% e os custos da construção civil tiveram reajustes de 0,15%.
A FGV diz que a inflação deste ano é de 5,86%, enquanto nos últimos 12 meses a taxa fica em 7,09%.

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