São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Wall Street segue outras Bolsas e fecha pregão com baixa de 2,08%

CLÁUDIA PIRES
DE NOVA YORK

A decisão do Federal Reserve (banco central dos EUA) de não modificar as taxas de juro no país teve pouco efeito sobre o fechamento do pregão de ontem em Wall Street.
Seguindo a tendência de queda registrada ontem em outras Bolsas no mundo, porém, Nova York fechou o dia com queda de 157,41 pontos, o que equivale a uma desvalorização de 2,08%. Foram negociadas 591 milhões de ações.
Durante o pregão, o Dow Jones -índice que reúne as principais ações negociadas em Wall Street- registrou pouca variação. O índice fechou com 7.401,32 pontos.
Antes do anúncio da decisão do Fed, o índice registrava queda de 46 pontos. Cerca de dez minutos depois da divulgação do resultado, esse total caiu para 83 pontos.
Segundo os analistas, o mercado reagiu de acordo com as expectativas, já que a decisão do Fed já vinha sendo antecipada pelos investidores de Wall Street.
No final de outubro passado, quando a Bolsa de Nova York viveu uma de suas maiores quedas nos últimos dez anos, a previsão já era de que as taxas não deveriam ser modificadas até o início do próximo ano.
Grande parte da calma do mercado foi gerada pelas declarações do presidente do Fed, Alan Greenspan, durante a crise da Bolsa. Segundo Greenspan, os acontecimentos recentes nas Bolsas asiáticas não devem afetar a economia ou o controle da inflação nos EUA.
Os analistas do mercado financeiro norte-americano concordam com Greenspan. Isso porque os indicadores econômicos norte-americanos são os melhores registrados nos últimos 30 anos. O desemprego do país em outubro, por exemplo, ficou em 4,7%, o menor desde 1973.
Apesar de os economistas afirmarem que a crise do mercado financeiro asiático não deve afetar a economia norte-americana, muitos recomendam cuidado.
Segundo esses especialistas, é difícil imaginar que os Estados Unidos possam manter ainda por muito tempo o ritmo de crescimento que têm apresentado.
Eles afirmam ainda que as turbulências no mercado asiático devem manter voláteis as Bolsas em todo o mundo até o final deste ano.
Ásia
A Bolsa de Valores de Hong Kong fechou ontem com baixa de 4% devido à preocupação dos investidores de um provável aumento da taxa de juros, segundo avaliação dos corretores.
O índice Hang Seng, o principal indicador em Hong Kong, caiu 396,22 pontos, fechando a 9.607,91.
Em Tóquio (Japão), também foi registrada queda de 2,7%. Na Bolsa de Valores de Kuala Lumpur (Malásia), houve queda de 1,16%. Em Jacarta (Indonésia), o pregão fechou com alta 0,33%.
Na Tailândia, a Bolsa de Valores também registrou ontem uma pequena alta de 0,31%.
Ontem, funcionários de 58 instituições financeiras tailandesas que foram fechadas fizeram protesto em Bancoc, capital do país.
A Bolsa de Valores de Londres (Reino Unido) fechou em baixa de 1,52%. Em Paris, houve pequena queda de 0,12%.

com agências internacionais

Texto Anterior: As ações que mais caíram na Bolsa de São Paulo
Próximo Texto: Crise agora é planetária
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.