São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 1997
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Bancos estrangeiros vão entrar no país em troca de "pedágio"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O CMN (Conselho Monetário Nacional) aprovou ontem o ingresso e o aumento de participação no país de cinco bancos estrangeiros. Em troca, os bancos vão pagar um "pedágio" de R$ 25 milhões, por meio da compra de créditos podres de instituições financeiras em liquidação pelo Banco Central.
O Swiss Bank Corporation, da Suíça, vai comprar o Banco Ômega e a corretora do mesmo grupo, com sede no Rio de Janeiro.
O Swiss Bank tem patrimônio líquido de US$ 10 bilhões, administra US$ 65 bilhões em recursos de terceiros e possui US$ 277 bilhões em ativos. A instituição vai pagar R$ 7,5 milhões de "pedágio".
O norte-americano Nations Bank vai comprar 51% do Banco Liberal, do Rio de Janeiro, e a corretora com o mesmo nome. É o quinto maior banco dos EUA, com patrimônio líquido de US$ 20,3 bilhões e US$ 242 bilhões em ativos. O "pedágio" será de US$ 7,5 milhões.
O CMN também deu sinal verde para o ingresso do banco ligado ao grupo PSA Peugeot Citroen, que vai instalar uma montadora em Porto Real (RJ). O pedágio será de R$ 5 milhões porque a instituição investirá na produção automobilística, explica o diretor de Normas do BC, Sérgio Darcy.
O CMN também concordou com a transferência de 50% das ações do Banco SRL, que hoje pertencem à Manufactore Hannover e passarão para a American Express.
Como se trata da transferência de ações entre estrangeiros, não foi fixado "pedágio" algum.
A empresa de seguros AGF foi autorizada a aumentar para 100% a sua participação no capital do banco AGF Braseg.
A AGF é a segunda maior seguradora da França e ocupa a oitava posição no ranking do setor no Brasil. Seu faturamento mundial em 1996 foi de US$ 11,9 bilhões.

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