São Paulo, sábado, 15 de novembro de 1997![]() |
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Economia cresce 1% no trimestre; PIB deve fechar 97 com mais 3,5%
CHICO SANTOS
No acumulado do ano, até setembro, em relação ao mesmo período anterior, o crescimento ficou em 3,5%, caindo em relação aos 3,84% que a economia acumulava de janeiro a junho. Os números do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no terceiro trimestre deste ano foram divulgados ontem pelo IBGE. O PIB é a soma das riquezas produzidas no país num certo período. A taxa de crescimento de julho a setembro em relação ao mesmo trimestre do ano anterior foi de 2,84%, contra 4,66% do segundo trimestre, na mesma comparação. Ramos não quis fazer previsão sobre o desempenho econômico em 98. Ele apenas traçou dois cenários: o paraíso e o inferno. No primeiro, a crise internacional, que para ele é o motor da crise brasileira, termina rapidamente, o governo baixa os juros, os investidores recuperam a confiança e a economia reage, crescendo 4%. No inferno, a crise é duradoura e atinge os sistemas financeiros do Japão e da Coréia do Sul. O aperto na economia brasileira continua e a variação do PIB fica em zero. A se confirmar a previsão do técnico para o crescimento do PIB este ano, a economia brasileira crescerá apenas 0,68% no último trimestre em relação ao anterior. Segundo cálculos feitos pela Folha, este é o número que falta para que a taxa anual permaneça nos 3,5% que acumulou até setembro, já feito o ajuste sazonal. O número é pequeno, mas, se concretizado, será maior que o crescimento de 0,04% do último trimestre de 96, também já com o ajuste sazonal. O crescimento maior no último trimestre deste ano, ainda que a atividade geral da economia seja menor que a do último trimestre de 96, se explica por um efeito estatístico: a base de comparação em 96 era mais elevada, 2,89%, contra 1,05% neste ano. A indústria extrativa mineral cresceu 9,08%, mas o seu peso na formação do índice da indústria como um todo é muito inferior ao da construção civil. Esta representa 60% na formação da taxa de investimentos da economia. A indústria de transformação cresceu 4,71% de janeiro a setembro, liderada pelos automóveis e eletrodomésticos. A indústria como um todo cresceu 5,52% no período. Os serviços, apenas 1,66%. Ramos disse que o pequeno crescimento do terceiro trimestre do ano era esperado. Segundo ele, a massa salarial não cresceu e os juros não caíram o suficiente para estimular a atividade econômica. Texto Anterior: Dinheiro sairá na quarta Próximo Texto: Crise não afeta visão otimista do Bird Índice |
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