São Paulo, sábado, 15 de novembro de 1997 |
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Vidente e psicóloga guiam santistas RODRIGO BERTOLOTTO RODRIGO BERTOLOTTO; PAULO PEIXOTO
A divisão das funções extracampo já está feita no Santos, que inicia hoje, às 21h30, a fase semifinal do Brasileiro, enfrentando o Atlético-MG, no Mineirão. A psicóloga Suzy Fleury cuida do ânimo dos jogadores do Santos, enquanto o vidente Robério de Ogum faz o mesmo com a cabeça do técnico da equipe, Wanderley Luxemburgo. Fleury, por exemplo, afirma que, se o Santos terminou em 6º lugar em pontos no fase anterior, psicologicamente está situado na primeira colocação. Para isso, a psicóloga tenta estimular um perfil vencedor e um espírito de superação na equipe. Em suas palestras, conta histórias como a de uma dona-de-casa de meia-idade que atravessou o Canal da Mancha e a de um deficiente físico que pinta com os pés. Isso estimularia a busca de feitos pelo Santos. Mas o Santos da década de 60, cheio de triunfos, está fora das "lições de vida" exibidas por Fleury. "Não podemos ficar olhando o mundo pelo espelho retrovisor. Minha linha psicológica não é freudiana (originária do austríaco Sigmund Freud), que se volta ao passado. Sigo a linha da inteligência emocional. Nossos objetivos são futuros", afirma. Entre as normas, a palavra vingança é uma palavra proibida. Mesmo com retrospecto de derrotas no Brasileiro para seus rivais de grupo, o sentimento de desforra está sendo evitado dentro do time. "A vingança é um sentimento negativo, mesquinho e que não favorece o espírito de grupo. Um campeão nunca é vingativo", diz a psicóloga do time, Suzy Fleury. Na primeira fase, o Atlético-MG bateu em casa o Santos por 2 a 1. Foi derrotado também por Palmeiras (5 a 0) e Internacional (2 a 0), seus outros rivais no Grupo B desta fase do campeonato. Já Robério de Ogum, ex-seminarista que ficou célebre por previsões de futebol e pela amizade desde 1988 com Luxemburgo, diz que garante "paz, tranquilidade e sucesso" para o técnico. "Wanderley tem muita intuição. Ele sente que o Santos está preparado para ser campeão", afirma o vidente, que é santista. Segundo Robério, que acompanha o time na concentração, sua função é "recarregar a bateria do Wanderley, para que ele canalize suas energias para o grupo". O técnico se limitou a dizer que Robério apenas reze por seu sucesso profissional e pessoal. "Ele é só meu amigo", afirma. O Santos viaja, em vôo fretado, para Belo Horizonte hoje, às 18h, poucas horas antes do jogo. Rival ex-santista O atacante Almir, desde que deixou o Santos, em 1993, já enfrentou seu ex-clube quatro vezes. Venceu todas, marcou quatro gols e, hoje, espera repetir os feitos. Ele não é titular, mas tem sido uma das armas do técnico Leão em todos os jogos, principalmente no segundo tempo. Por isso, acredita que seu sucesso contra o Santos vai prevalecer. "Eu sempre me dei muito bem contra o Santos", afirmou. O atacante disse que não tem se importado em não começar os jogos, apesar de estar sempre lutando para isso. "O mais importante é que estou tendo as chances e o ritmo do time está se mantendo, o que é mais importante", declarou. Sobre o Santos, ele disse se tratar de um time "extremamente habilidoso, que merece todo o cuidado", e que tem em Muller seu principal jogador. "Temos que ter atenção, mas não podemos facilitar em casa. Nesta fase, temos que buscar sempre a vitória dentro e fora de casa. É o que eles vão tentar também." Colaborou Paulo Peixoto, da Agência Folha, em Belo Horizonte NA TV - Globo e Bandeirantes, ao vivo, a partir das 21h30, menos para o RJ e BH Texto Anterior: O que ver na TV Próximo Texto: USP barra treino para evitar torcedores Índice |
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