São Paulo, domingo, 16 de novembro de 1997
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A tábua da Fifa

JUCA KFOURI

Por obra e graça de um gentil e solidário leitor, a coluna tem o prazer de apresentar os dez mandamentos da Fifa, o que a entidade chama de "Código de Conduta do Futebol".
1. Jogue para vencer;
2. Jogue limpo;
3. Cumpra as leis do jogo;
4. Respeite os adversários, árbitros e torcedores;
5. Aceite a derrota com dignidade;
6. Promova os interesses do futebol;
7. Rejeite corrupção, drogas, racismo, violência e quaisquer outros perigos para o nosso esporte;
8. Ajude os outros a resistir às pressões da corrupção;
9. Denuncie aqueles que atentam para desacreditar o nosso esporte;
10. Honre aqueles que defendam a boa reputação do futebol.
Está no site da entidade (www.fifa.com/fifa/handbook/fgg/fgg.2.html) e é de se tirar o chapéu.
Repare que dois artigos se preocupam com a corrupção, mais até que com drogas, racismo ou violência e, para suprema glória, satisfação e orgulho desta modesta coluna, o nono mandamento soa como trombetas celestiais.
Claro que você, leitor cético, dirá que de boas intenções o inferno está cheio e que se esse tal código fosse mesmo seguido a Casa Bandida já seria Casa Banida por afrontar frontalmente (êpa!) o nono mandamento na virada de mesa que redundou no Vergonhão-97.
Isso para ficar só no campo do jogo e seus regulamentos.
Mas não!
Como alguém que só escreve essas maltraçadas porque um dia a paixão pelo futebol o levou a tamanho descaminho, quero reconhecer sem pudor: sinto-me recompensado pelo sétimo e, principalmente, pelo exemplar nono mandamento.
Razão pela qual vou mandar fazer uma camiseta para passear aos domingos pelos estádios brasileiros com a seguinte frase: "Eu sigo os Mandamentos do Futebol".
*
O presidente do São Paulo, Fernando Casal de Rey, informa: se o Bayer Leverkusen tem documentos timbrados do tricolor envolvendo o lateral Serginho, esses papéis não são oficiais porque, ele garante, não têm a sua assinatura -a única que pode autorizar negociações no Morumbi.
*
Já imaginou como seria bom nunca mais ter de escrever o nome de Eurico Miranda? Infelizmente os sócios do Vasco não quiseram assim.
E a vascanagem continua.

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