São Paulo, domingo, 16 de novembro de 1997
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tratamentos alternativos

GABRIELA MICHELOTTI

"Meu filho Rodrigo é hiperativo, agitado, apesar de não ter problemas no desempenho escolar. Estou começando a tratá-lo com florais de Bach, mas gostaria de saber se é válido usar os chamados tratamentos alternativos quando a criança apresenta algum distúrbio." (F.R.)
Como cuidar dos filhos é uma decisão que depende dos pais -já que dificilmente os especialistas vão chegar a um consenso sobre a questão. Mas, mesmo para alguns terapeutas naturistas, é aconselhável não radicalizar.
"Eu, por exemplo, não sou contra os pais procurarem a medicina tradicional se o filho apresenta algum problema grave", afirma Armando Austregésilo, diretor da Associação de Massagem Oriental do Brasil e um dos diretores do Sindicato Nacional dos Terapeutas Naturistas. "Recomendo as terapias naturais para desequilíbrios mais suaves na criança, como alguns problemas respiratórios, intestinais, tristezas ou pequenas disfunções posturais."
Fora da medicina tradicional, há pediatras homeopáticos e antroposóficos. A professora de inglês Sônia Gabriela Moll, 27, que fez o parto em casa, faz o acompanhamento do seu filho Mateus, com um pediatra antroposófico, que é contra a vacinação (ver texto ao lado). "Meu filho nunca ficou doente, nunca pegou uma gripe. Com um ano e três meses de idade, ele só teve febre uma vez, por causa de uma inflamação de dente." A alimentação de Mateus é lactovegetariana, baseada em leite e alimentos vegetais.
Tratamentos naturais -como homeopatia, medicina antroposófica, florais de Bach, acupuntura, shiatsu, do-in- não devem tirar a importância do médico, na opinião de Austregésilo. "A medicina terá sempre o seu papel. Mas as terapias naturistas são mais suaves para a manutenção da saúde e podem evitar que, para qualquer coisinha, os pais corram para os remédios, que consertam de um lado e estragam de outro."

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