São Paulo, segunda-feira, 17 de novembro de 1997
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Uruguai e Rússia se tornam as principais ausências na França

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

No que pode ser um presságio de grandes mudanças no futebol russo, a agência de notícias oficial do país, a "Itar-Tass", fez duras críticas à seleção e ao técnico Boris Ignatiev pela desclassificação nas eliminatórias da Copa-98.
O ataque, pouco comum na imprensa oficial do país, foi divulgado ontem -um dia em que os jornais russos não circulam. A TV deu pouco destaque à partida.
"O técnico está se despedindo, mas a dor vai permanecer nos corações da população", disse a "Tass", lembrando que o contrato de Ignatiev se encerraria após a campanha pela vaga no Mundial.
Por causa das más campanhas na Copa-94 e na Eurocopa-96, a Rússia já demitiu dois treinadores.
"Mais uma vez, não vimos o time que esperamos há tanto tempo. O jogo russo estava descoordenado, as jogadas de ataque eram aleatórias. A Rússia concedeu apenas um gol graças ao jogo confiante de Ovtchinnikov (o goleiro)."
Pela primeira vez em 20 anos, o antigo bloco da União Soviética não estará representado na Copa do Mundo. Nenhum dos 15 países formados após o colapso da URSS, em 1991, vai à França.
A outra seleção que tinha chances era a da Ucrânia, que perdeu a vaga na repescagem para a Croácia. A equipe empatou em 1 a 1, mas precisava vencer por uma diferença de três gols.
A escola russa de futebol tem como característica principal o sentido coletivo de jogo. Outro estilo europeu, o britânico, baseado no jogo aéreo, terá dois representantes na Copa: Inglaterra e Escócia.
Junto com o Uruguai (bicampeão mundial), a Rússia é a principal ausência na Copa.
Por outro lado, o futebol da antiga Iugoslávia, depois de ficar fora da Copa de 1994 pelos conflitos internos, terá dois na França: a Croácia e a Iugoslávia (composta pela Sérvia e Montenegro).

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