São Paulo, segunda-feira, 17 de novembro de 1997
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Sérgio Bianchi faz o seu 'Brasil não legal'

JOSÉ GERALDO COUTO
ESPECIAL PARA A FOLHA

O Brasil visto pelas lentes de Sérgio Bianchi está longe de ser um Brasil legal.
Seu novo filme, "Eu Não Tenho Culpa" (ou "Cronicamente Inviável"), vai mostrar um país fraturado por escaramuças sociais, étnicas, culturais e morais.
Quarto longa-metragem do diretor de "Romance" e "A Causa Secreta", "Eu Não Tenho Culpa" é seu filme mais ambicioso. Rodado em São Paulo, Rio, Salvador, Rondônia, Chapada dos Guimarães (MT) e Campos do Jordão (simulando o Sul do país), está atualmente em fase de montagem.
As filmagens consumiram os R$ 900 mil do orçamento total do filme, obtidos junto a Banco Real, Telebrás, TV Cultura e governo do Paraná. O diretor agora busca recursos para a finalização.
No elenco estão, entre outros, Umberto Magnani, Dira Paes, Cecil Thiré, Leonardo Vieira, Daniel Dantas e Betty Gofman.
No filme aparecem situações de todo tipo: menino de rua que fuma crack e é atropelado por uma madame, grupo de sem-terra que vive invadindo a fazenda errada, garçom que faz michê em sauna gay.
Há ainda uma agência de empregos que arranja colocações para índios em comerciais e novelas de TV. Um sociólogo comenta em "off" as situações e, nas horas vagas, vende órgãos de crianças.
Em entrevista à Folha, além de falar sobre seu filme, Bianchi soltou o verbo contra a situação do país e do cinema brasileiro.

LEIA entrevista de Sérgio Bianchi na pág. 5-3

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