São Paulo, segunda-feira, 17 de novembro de 1997 |
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Turistas dão banho de lixo nas cachoeiras
MARISTELA DO VALLE
Algumas quedas-d'água até já perderam um pouco de sua beleza devido ao volume de lixo deixado pelos turistas. A cachoeira Salgadeira, uma das primeiras da estrada que vai de Cuiabá para a Chapada, é um exemplo disso. O córrego que deságua na cachoeira, antigamente utilizado para banhos, tem as margens repletas de lixo. A queda-d'água de 15 metros está interditada por risco de desmoronamento. "Até dezembro, o governo terá terminado as obras de recuperação da cachoeira, orçadas em US$ 500 mil", afirma o secretário do Turismo do Mato Grosso, Carlos Avalone Jr. Para fugir de locais desgastados, a solução é explorar outros mais afastados da estrada. Ou simplesmente apreciar quedas-d'água mais radicais, onde não é possível tomar banho. Como a Véu de Noiva, com 86 metros de altura. Turistas estrangeiros costumam ficar na frente dela, do outro lado de um precipício, observando pássaros tropicais. Os preferidos da britânica Jenny Craeknell são araras-azuis e papagaios. Ela havia passado pelo Rio de Janeiro e disse ter gostado muito mais do Pantanal do que da cidade grande. Outro local com formações rochosas diferentes é o Portão do Inferno, precipício próximo da estrada que já causou vários acidentes. "Há alguns anos era possível ver um fusca amarelo no fundo do abismo", conta o morador de Cuiabá Francis Hounsell. Hoje, a margem da estrada é protegida por barras de ferro. Segundo os moradores da região, o local é utilizado para assassinar pessoas, que seriam empurradas para o precipício e desapareceriam no meio da vegetação. Texto Anterior: Distrito de Ouro Preto abriga uma Lilipute Próximo Texto: Ingresso é arma antidepredação Índice |
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