São Paulo, terça-feira, 18 de novembro de 1997 |
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Prisão foi sem mandado
ESTANISLAU MARIA
Às 17h30 daquele dia, Silva foi encontrado morto dentro de uma cela na delegacia. O delegado afirma que ele se suicidou, enforcando-se em um cordão. A CPT (Comissão Pastoral da Terra), a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), o sindicato rural, e o MST contestam a versão e dizem que Silva teria sido torturado e espancado, tendo sido morto depois. O delegado disse que prendeu o agricultor em flagrante. O preso fora denunciado pela ex-namorada que disse vir sendo ameaçada de morte por ele. "Quando o prendemos, ele não estava ameaçando a namorada. Ele foi preso na casa da irmã. Mas a polícia tem 24 horas para lavrar o flagrante." A Agência Folha apurou que o flagrante não foi lavrado, ou seja, a prisão foi ilegal. Quem preside o inquérito da morte é o próprio delegado, que não tem formação de policial civil. Ele é sargento PM de Manaus. Texto Anterior: Relatório reforça tese de assassinato de sem-terra Próximo Texto: Líder do MST está escondido Índice |
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