São Paulo, terça-feira, 18 de novembro de 1997
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Inadimplência em SP tem queda de 14%

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou ao menos uma boa notícia na tão tumultuada primeira quinzena do mês: a queda de 14,1% no número de carnês em atraso na comparação com o de igual período de outubro.
Nas primeiras duas semanas deste mês foram contabilizados 153.554 carnês com prestações atrasadas (acima de 30 dias). Apesar de ser um número menor do que o do mês passado e, portanto, trazer um alento para o comércio, ele significa um aumento de 68,4% sobre o de igual período de 1996.
"A inadimplência continua alta. Mas, no meio de tantas notícias ruins -queda da Bolsa, alta dos juros, aumento dos impostos e da gasolina-, os números deste mês tranquilizam um pouco os lojistas", diz Emílio Alfieri, economista da ACSP.
Para ele, a principal explicação dessa queda é o fato de o consumidor estar, neste momento, mais preocupado em quitar dívidas para voltar a gastar no final do ano. "Ele já começa a utilizar recursos do 13º salário."
A inadimplência bateu quatro recordes neste ano, informa a associação. Em março foram registrados cerca de 275 mil carnês em atraso; em maio, 278 mil; em julho, 314 mil; e em outubro, 331 mil. Se os números da primeira quinzena deste mês se repetirem nesta segunda quinzena serão cerca de 306 mil carnês neste mês.
O número de carnês em atraso quitados pelos consumidores na primeira quinzena deste mês, no entanto, significa uma queda de 6,4% sobre o de igual período do mês passado, mas um crescimento de 50,2% sobre o de igual período de 1996.
Na análise de Alfieri, até o final deste mês os números devem ser positivos também na comparação com outubro por causa do pagamento de parte do 13º salário.
A ACSP considera outra boa notícia a diminuição dos pedidos de falências e de concordatas nas duas primeiras semanas deste mês.
O número de falências requeridas caiu 6,6% em relação ao de igual período de outubro e 34% na comparação com igual período do ano passado. No caso concordatas requeridas, a queda foi de 12,5% e de 46,2%, respectivamente.
Vendas Pelo levantamento da ACSP, o número de consultas ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), indicador da procura pelo crediário, caiu 19,3% na comparação com o de igual período do mês passado. No caso do Telecheque, termômetro das vendas à vista, a queda foi de 6,2%, no período.
Sobre o ano passado, no entanto, as consultas ao SPC e ao Telecheque na primeira quinzena deste mês continuam maiores -25,9% e 50,6%, respectivamente.
Vendas
Pelo levantamento da ACSP, o número de consultas ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), indicador da procura pelo crediário, caiu 19,3% na comparação com o de igual período do mês passado. No caso do Telecheque, termômetro das vendas à vista, a queda foi de 6,2%, no período.
Sobre o ano passado, no entanto, as consultas ao SPC e ao Telecheque na primeira quinzena deste mês continuam maiores -25,9% e 50,6%, respectivamente.

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