São Paulo, quarta-feira, 19 de novembro de 1997
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'Vi o tiro e mandei meu marido acelerar', diz médica

DA REPORTAGEM LOCAL

A ginecologista Miriam Benlulu disse que mandou o marido acelerar após a bala perdida furar o pára-brisa do carro do casal. "Mandei ele acelerar. Mais adiante, peguei a direção", afirmou.
Ela e o marido, o cirurgião-geral Ailton André Redigolo, 48, disseram que tudo foi muito rápido e que não conseguiram ver o rosto de ninguém que estava atirando.
"Fiquei com receio de que tivessem atirado para nos forçar a parar e nos fazer reféns. Por isso disse para meu marido acelerar."
A médica não soube precisar onde o marido parou o Xantia e lhe passou a direção. A bala que perfurou o pára-brisa atingiu o braço esquerdo do cirurgião-geral. "Mais um pouco e teria atingido o coração", afirmou.
Os dois foram ao hospital São Luis, onde Redigolo fez um curativo. A bala, que ainda estava alojada em seu braço ontem à noite, só poderá ser retirado em alguns dias.
Camisa rasgada
O segurança Paulo Cesar Moreira, 28, havia depositado dinheiro em sua conta quando a agência foi invadida pelos ladrões. "Eu estava saindo com meu amigo (o investigador Walter Romero Ferrari), e fomos rendidos."
Peneira
"Meu carro virou uma peneira", disse o corretor Erico Fernandes Aguiar, 45. Ele havia parado seu Fiesta na rua Caconde quando ocorreu o segundo tiroteio entre um dos assaltantes do banco e um policial militar que o perseguia.
"Se eu tivesse ficado no carro poderia ter sido atingido", disse. O Fiesta foi examinado pelos peritos do Instituto de Criminalística.
Os peritos também examinarão quem acertou quem no tiroteio. Para tanto, foram apreendidas as armas de Ferrari e de um PM que atirou nos ladrões.

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