São Paulo, quarta-feira, 19 de novembro de 1997 |
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Juventude troca Gilson Nunes por Cassiá
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
Segundo o diretor de futebol do Juventude, Juarez Marcarini, Nunes apresentou como argumento para o pedido de demissão a negativa ao seu pedido para que a equipe viajasse amanhã para se concentrar em São Paulo. O Juventude vai jogar no próximo sábado contra a Lusa, no estádio do Morumbi. O técnico Gilson Nunes não foi localizado pela Agência Folha. A recepção do hotel Alfred, onde Nunes se hospeda em Caxias do Sul (131 km ao norte de Porto Alegre), informou que ele havia saído. Marcarini disse acreditar que a viagem antecipada para São Paulo deve ter sido apenas um "pretexto". O diretor disse que Nunes estava "desgastado". Anteontem, ele se irritou durante entrevista a uma rádio, quando o repórter perguntou se o atacante Jean, que reclamou de estar na reserva, iria ser repreendido. Anteriormente, Nunes já havia tido atrito com a imprensa. No sábado passado, o Juventude perdeu de 3 a 0 para o Vasco. Foi a única equipe que tinha o mando de jogo e foi derrotada. No entanto, para o Juventude, jogar em casa significa atuar no Olímpico, estádio do Grêmio, em Porto Alegre, porque o Alfredo Jaconi não tem capacidade para receber 40 mil torcedores, conforme exige a CBF. Marcarini disse que a diretoria do Juventude não concordou com a proposta de marcar a viagem da delegação para amanhã. "Podemos nos concentrar aqui e viajar no vôo que sai às 12h de sexta-feira para São Paulo." Nunes, ex-jogador carioca que estava no Juventude havia seis meses, teve sua contratação avalizada pelo técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari. Eles são amigos. O Juventude, como o Palmeiras, é patrocinado pela Parmalat. Depois de aceito o pedido de demissão, a diretoria se reuniu para decidir quem seria o substituto. "Houve uma chuva de nomes de técnicos oferecidos por empresários", disse o diretor de futebol. Cassiá, o escolhido, é gaúcho e já foi campeão estadual treinando o Grêmio, clube que também defendeu na época em que jogava. Na sua última partida como técnico do Bragantino, no último dia 8, levou uma goleada de 7 a 0 do Internacional, no Beira-Rio. Ele ficou constrangido porque, apesar da goleada, os jogadores do time paulista comemoraram em campo o fato de o Bragantino não ter sido rebaixado para a Série B graças a outros resultados. Texto Anterior: São Paulo viaja para disputar taça em MS; Fifa punirá times por liberarem brasileiros Próximo Texto: FRASES Índice |
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