São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 1997 |
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Destino de local de quilombo é discutido
ARI CIPOLA
O movimento negro brasileiro está dividido quanto ao destino dos 252 hectares da área onde foi erguido o quilombo, tombada pelo governo federal em 1988. São três as propostas que serão analisadas até o próximo sábado. A mais ambiciosa prevê a construção na serra da Barriga de uma espécie de cenário do que foi o quilombo de Zumbi, destruído em 1694, quando tinha cerca de 2.000 habitantes. Essa idéia tem o apoio de parte do movimento negro, que quer resgatar as origens culturais africanas do quilombo. A idéia que mais agrada ao governo alagoano é a da construção, no topo da serra, de um memorial de concreto, cujo projeto foi doado ao governo brasileiro pelo arquiteto Oscar Niemeyer. A outra proposta que será discutida é a de que o local do Quilombo se torne um parque natural. Mais de 6.000 pessoas passarão pelo serra da Barriga, local onde Zumbi liderou o mais habitado quilombo do Brasil colonial, que chegou a ter 20 mil negros. As comemorações hoje começam às 4h, com a entrega de oferendas aos orixás por babalorixás de Alagoas e da Bahia. Em Maceió, Gilberto Gil dedica a Zumbi seu show no 3º Maceió Jazz Festival, que será aberto hoje. O Centro de Cultura Negra, a Coordenação Estadual dos Quilombos do Estado e a Sociedade Maranhense de Defesa dos Direitos Humanos promovem, de hoje a domingo, o 5º Encontro das Comunidades Negras Rurais: Quilombos e Terras de Preto no Maranhão. Na Câmara Municipal de São Luís haverá sessão em homenagem a Zumbi. Hoje, os integrantes do Grupo de Dança promovem debate no Museu do Negro sobre Zumbi e Palmares. Colaborou a Agência Folha, em São Luís Texto Anterior: Preconceito racial já existe na pré-escola Próximo Texto: Promotor não quer digital no provão Índice |
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