São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 1997 |
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'Homem elétrico' deu chabu Artista tentou se apresentar anteontem ARMANDO ANTENORE
Agarrado à promessa, montou a instalação "Harpa de Alta Voltagem" na Casa das Rosas (av. Paulista, 37, zona sudoeste de São Paulo). A engenhoca, digna do professor Pardal, pesa 5 toneladas e levou sete semanas para ficar de pé. São torres de transmissão, transformadores, barras de gelo seco, litros de óleo isolante e cordas de piano -tudo distribuído pelos jardins do sobrado e pelo último andar. Na terça, Schwartz pretendia dar, enfim, algum sentido à parafernália. Marcou a performance para as 21h. O público -moças de unhas azuis, adolescentes irrequietos, cinquentões de cabelos compridos- lotou o casarão. No horário marcado, o "homem elétrico" ainda ajustava o maquinário. Permaneceu muito tempo assim, mexendo, girando, apertando, lubrificando. Duas horas depois, puf!, o artista iniciou o espetáculo. Tirou ruídos do gelo seco, extraiu faíscas trôpegas dos fios e, puf!, acabou. Desconcertado, comunicou que a coisa não funcionou direito e garantiu fazer algo "mais completo" hoje à noite. Culpou a chuva pelos problemas técnicos. Podia ter culpado a rebimboca da parafuseta. Texto Anterior: Debate aponta risco à liberdade de expressão Próximo Texto: Gal acústica vem a SP 'diferente' Índice |
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