São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 1997 |
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Mostra no Rio desconsidera funcionários
SERGIO TORRES
Para a realização do projeto de instalação da mostra no MNBA, foi contratado o arquiteto Pedro Paranaguá, que apresentou uma proposta de R$ 40 mil ao Consulado da França e à Associação de Amigos do Museu. A proposta foi aceita, apesar de no MNBA trabalharem dois arquitetos: Luciano Cavalcante e José Ribeiro. O MNBA é subordinado ao Iphan, que tem em seus quadros 85 arquitetos. Nenhum foi chamado a participar da idealização do projeto que resultou na exposição de artes plásticas mais vista no Brasil em todos os tempos. A diretora do MNBA, Heloísa Lustosa, afirma que, do total da bilheteria, apenas R$ 280 mil foram gastos com o seu consentimento. Segundo ela, o restante foi gasto pelo adido cultural e vice-cônsul da França no Rio, Romaric Buel. Buel está viajando. O coordenador-geral do Projeto Monet, Bertrand Muller (coordenador do Setor de Difusão do Consulado da França), disse que o dinheiro foi usado no pagamento de despesas que não estavam cobertas pelos patrocinadores. Muller contratou o cunhado Osvair Vieira Silvestre para a função de coordenador dos serviços de bilheteria. No planejamento da exposição, o pagamento de Silvestre estava orçado em R$ 25.240,32. A Folha apurou que houve protestos entre os funcionários do MNBA em relação às tarefas exercidas por Silvestre e ao valor da remuneração prevista, que não teria recebido o total. "Ele levou R$ 19 mil", disse vice-presidente da Associação de Amigos do MNBA, João Maurício Araújo de Pinho. Constam das despesas do Projeto Monet gastos com firmas de programação visual e assessoria de imprensa. Tanto o MNBA quanto o Iphan têm programadores visuais e assessores para divulgação. Texto Anterior: CLIPE Próximo Texto: 'Nenhum de Nós' abre o 'MTV Tordesilhas' em Porto Alegre Índice |
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