São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 1997
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Nas gravações, Coppola achou que filme seria ruim

ADRIANE GRAU
ESPECIAL PARA A FOLHA, EM BOSTON

Num país sem monarquia, Francis Ford Coppola, 58, parece reinar absoluto no imaginário popular. Para os americanos, os desamores dos Corleone em "O Poderoso Chefão" são melhores que as intrigas de qualquer corte européia.
O diretor afirma que só agora se sente preparado para partir para seu primeiro projeto autoral. "Coloco sempre o nome do escritor no título, pois é 'O Poderoso Chefão' de Mario Puzzo, por exemplo. Assim um dia poderei premiar a mim mesmo colocando meu próprio nome no título."
Relembrando as filmagens de "O Poderoso Chefão", ele muda de tom e se mostra deprimido. "Na época eu não sabia o que estava fazendo e tinha os estúdios me pressionando, querendo me tirar do projeto", revela. "Achei que o filme estava ficando uma droga e só o texto de Mario Puzzo me chamava de volta à realidade".
Ele afirma que foi durante as filmagens de "O Poderoso Chefão" que ele compreendeu os grandes diretores. "Achava que tinha que dizer coisas brilhantes o tempo todo para ser um gênio, mas dirigir um filme é tomar decisões."

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