São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 1997
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Chanceler crê no fim da crise

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Ievguêni Primakov, disse ontem que "sumiu a causa principal" da divergência entre o Iraque e os EUA, que poderia levar a novo conflito no golfo Pérsico.
Ele partiu para o Brasil após ter concluído em Genebra (Suíça), ontem, uma rodada de negociações para tentar evitar um confronto armado no Oriente Médio. Primakov evitou dar detalhes do que foi acertado entre os negociadores na Suíça.
Sobre o Brasil, o chanceler disse que o seu país tem muito interesse em aumentar as relações com o Estado brasileiro. "Tendo em vista que o Brasil ocupa um lugar muito especial nessa região", afirmou.
Antes de falar rapidamente à imprensa, na saída da audiência que teve com o presidente Fernando Henrique Cardoso no Palácio do Planalto, o ministro russo brincou com os fotógrafos que pediam que ele e FHC sorrissem. "Eu sempre estou sorrindo, mesmo que eles não peçam", disse.
A seguir, trechos da entrevista de Primakov.
*
Pergunta - Qual foi a reação do Iraque às propostas feitas pelo sr.?
Ievguêni Primakov - A pergunta deve ser feita ao Iraque, não a mim.
Pergunta - Mas o sr. acredita que essas propostas podem levar ao fim da crise entre os Estados Unidos e o Iraque?
Primakov - Acho que devem. Isso porque está aberto hoje um caminho para uma solução pacífica para escapar ao uso da força. Sumiu a causa principal (do problema) que poderia provocar o uso da força.
Pergunta - Qual foi o tema da conversa do sr. com o presidente FHC?
Primakov - Nós damos muita importância às relações com o Brasil, considerando-se que o Brasil hoje ocupa um lugar especial nesta região e cresce muito rápido economicamente e aumenta sua influência política.

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