São Paulo, sábado, 22 de novembro de 1997
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Sindicato cobra dívida do PAS de secretário

Após 'visita-surpresa', Yokota promete verba

MARCELO OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do Sindicato das Empresas de Segurança, Vigilância e Cursos de Formação do Estado de São Paulo (Sesvesp), José Luiz Fernandes, fez ontem de manhã uma visita surpresa ao gabinete do secretário municipal da Saúde, Masato Yokota, para cobrar o pagamento de parte da dívida das cooperativas do PAS (Plano de Atendimento à Saúde) com empresas prestadoras de serviço.
Apesar de não ter marcado audiência, Fernandes foi recebido por meia hora pelo secretário, que prometeu repasse de R$ 2,5 milhões para os próximos dias.
Segundo Fernandes, a Secretaria Municipal da Saúde deve o repasse de R$ 12 milhões para dez empresas de segurança que têm 2.100 funcionários trabalhando nos módulos do PAS.
Também são credoras do PAS mais dez empresas do setor de limpeza e dez do setor de alimentação, segundo o presidente do Sesvesp.
O PAS, afirma Fernandes, deve mais R$ 12 milhões às empresas de limpeza e R$ 10 milhões às de alimentação.
Fernandes diz que as empresas não recebem repasses há cinco meses. "O atraso é grande e acabou o dinheiro das empresas, que estão com dificuldades para efetuar o pagamento do 13º salário e folha de novembro."
Segundo Fernandes, pode haver greve dos empregados do setor de serviços que trabalham para o PAS.
"Seria um problema social terrível deixar os hospitais sem comida, limpeza e segurança."
As empresas que prestam serviços ao PAS, afirma Fernandes, pagaram os funcionários durante estes cinco meses obtendo empréstimos bancários.
"Esses juros a gente não recupera mais", diz Fernandes. "Viemos aqui outras vezes dialogar e a história é sempre a mesma. Recebemos promessas de que vamos receber logo e nada acontece."
Segundo o coordenador de comunicação social da secretaria, Orlando Magnoli, a Secretaria das Finanças liberou R$ 2,5 milhões, para as cooperativas. A verba sairá até segunda-feira.
O dinheiro será destinado ao pagamento das empresas de vigilância e limpeza. "A gente sabe que não é o suficiente, mas é o que foi liberado", disse Magnoli.

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