São Paulo, domingo, 23 de novembro de 1997
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Tradução está em alta e pode render bem

AÍDA VEIGA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Se, até bem pouco tempo atrás, professor ou secretária bilingue eram as melhores alternativas para os amantes das línguas em geral, há mudanças à vista. Embora ainda não seja reconhecida, a profissão de tradutor pode ser bem remunerada e está em expansão.
A profissão pode ser exercida por qualquer pessoa, desde que tenha um excelente conhecimento do português e de outro idioma. Apesar de existirem faculdades, o diploma não é obrigatório.
"Não é um pré-requisito, mas 80% das pessoas que estão no mercado têm formação superior", diz Maria Nila Soares, 39, do Sindicato Nacional dos Tradutores.
A tradução era uma atividade encarada como um bico por professores de línguas. "Esse perfil de profissional não consegue mais trabalho", garante Angela Levy, 68, coordenadora do primeiro e mais bem conceituado curso de tradução do Brasil, o da Associação Alumni, em São Paulo.
"O tradutor de sucesso é especializado, tem bagagem cultural e amplo conhecimento geral, fala e escreve muito bem em português e em uma segunda língua e dedica-se exclusivamente à tradução."
Os mercados mais promissores são para tradutor-intérprete e tradutor-técnico nas áreas de informática, economia, medicina e direito. Acompanhando o boom editorial, o campo para tradução literária também tem crescido, assim como o para tradução de filmes e vídeos. Já as línguas em alta são inglês, alemão e espanhol.

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