São Paulo, domingo, 23 de novembro de 1997
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Despejo cresce em São Paulo

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O número de despejos por falta de pagamento cresceu 1,3% em outubro, segundo pesquisa realizada pelo Fórum de São Paulo. O total de ações abertas contra inquilinos inadimplentes chegou a 3.572 no período. Em setembro foram registradas 3.526.
As ações ordinárias, que incluem denúncia vazia -ações de despejo por motivos que não sejam a falta de pagamento-, subiram 2,82%, chegando a 219 registros, contra 213 em setembro deste ano.
Para Hubert Gebara, 61, diretor da Hubert Imóveis e Administração, o crescimento das ações contra inquilinos é consequência da crise.
"Em 96, a média de inquilinos inadimplentes, por mês, era de 1% a 2%. Hoje, essa média é de 8%." Gebara diz que, dos 1.500 imóveis administrados pela Hubert, 150 estão vagos.
Mesmo assim, ele defende a locação pelo valor do imóvel no mercado, sem negociação.
João Freire D'Avila, 39, consultor imobiliário, discorda. Para ele, o preço deve ser negociado entre as partes interessadas, até que haja um entendimento.
Márcio Bueno, 49, diretor jurídico do Creci (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis), concorda.
"Quem não estiver disposto a negociar o valor do aluguel com um bom inquilino pode estar sujeito a ficar com o imóvel fechado", diz Bueno.

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