São Paulo, segunda-feira, 24 de novembro de 1997
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Silva quer uma Lusa 'mais solta e alegre'

ARNALDO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

A vitória por 2 a 0 sobre o Juventude, anteontem, no Morumbi, não foi suficiente para satisfazer completamente o técnico da Lusa, Carlos Alberto Silva.
Ele não cansou de elogiar seus jogadores, mas entende que o time precisa melhorar muito e mudar seu estilo se quiser chegar na decisão do Brasileiro.
"Nosso time subiu muito em relação ao primeiro jogo contra o Flamengo. Mas temos muito a trabalhar. Só rendemos 65% a 70% do que eu acho ideal", afirmou.
Silva diz que os jogadores lhe prometeram a vitória antes da partida. "Eles têm muita vergonha na cara. É um grupo ótimo para se trabalhar", disse.
O único porém, segundo o técnico, é o excesso de nervosismo que os atletas demonstraram.
"A equipe estava muito tensa com a obrigação de vencer e tem condições de ser mais solta e alegre dentro de campo. Jogar com mais satisfação. Tenho certeza de que será uma nova Lusa daqui para frente", afirmou o técnico.
Nesse time mais solto e alegre, o meia-atacante Rodrigo teria total liberdade para atacar, sem a obrigação de voltar para marcar e armar jogadas no meio-campo.
"Ele é um jogador que tem um potencial incrível e precisa de liberdade. Contra o Juventude, ele ainda precisou recuar um pouco, mas vamos mudar isso."
Chances
Para Silva, a vitória de anteontem foi fundamental. "Entramos no páreo. Dependemos de nós mesmos para conseguir a vaga na final", afirmou.
O treinador disse que a Lusa precisa conquistar pontos em todas as partidas daqui para a frente.
"Para conseguirmos a classificação, precisamos ganhar pontos fora de casa. A começar pelo jogo contra o Vasco, na próxima quarta-feira."
Diante do Vasco, Silva espera um time "10% melhor".
Nas contas do técnico da Lusa, o Juventude, virtualmente eliminado do Brasileiro, será o "fiel da balança" na disputa da vaga do Grupo A na decisão do campeonato.
"Quem escorregar contra o Juventude fatalmente estará fora", afirmou.
"O time deles é bem organizado, tem um bom contra-ataque e um belo goleiro. Exigiu muito da gente. Mas, depois das duas derrotas seguidas, entrou nessa posição incômoda", acrescentou.
No jogo de anteontem, Silva passou praticamente o tempo todo de pé, em frente ao banco de reservas, gritando com os jogadores.
"Temos apenas duas semanas de clube. Ainda estamos conhecendo o grupo. Aos pouquinhos, vamos acertando a equipe da maneira que imaginamos ser a ideal", justificou.

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