São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 1997
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O império contra-ataca; Magalhães perdem poder; Passando recibo; Sombra permanente; Rédea curta; No meio do fogo cruzado; O trator e o balcão; Quanta sinceridade!; A conferir; Reativando alternativas; Liderança dividida; Coqueiro no Planalto; O poder é um elixir; Por baixo dos panos; Visita à Folha

O império contra-ataca
FHC ordenou a volta de Serjão à coordenação política do governo. É uma resposta a ACM, que assumiu posição contrária ao pacote econômico. E uma forma de dividir o comando político de Luís Eduardo Magalhães, o que dói no presidente do Senado.

Magalhães perdem poder
O presidente foi convencido por tucanos de que, se quiser ver a aprovação das reformas e do pacote, precisa entrar diretamente na condução política. Daí, a volta de Serjão. O mínimo que dizem de Luís Eduardo é que ele está "desanimado".

Passando recibo
Do líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), sobre Sérgio Motta (Comunicações) ter feito almoço ontem para articular a reforma administrativa: "De fecho ecler na boca ele é ótimo".

Sombra permanente
FHC se convenceu a enfrentar ACM após várias conversas com tucanos, entre eles Covas e Serjão. Ouviu de todos que, se cedesse agora, ficaria desmoralizado, enquanto o senador posaria como alternativa presidencial.

Rédea curta
Além do retorno de Serjão, FHC decidiu operar diretamente com o PMDB. Ontem, acertou com Michel Temer que o pacote econômico seria votado somente depois de seu retorno da Inglaterra no dia 5. ACM queria apreciá-lo na semana que vem.

No meio do fogo cruzado
Luís Eduardo Magalhães já viu que é séria a disposição de FHC de não ceder a ACM. Procura saída honrosa. O presidente da República deixou claro que não poderia ser derrotado. O problema é convencer ACM a aceitar a alta do Imposto de Renda.

O trator e o balcão
Além de Serjão, Eduardo Jorge (Secretaria Geral) reforçou o time do Planalto nas reuniões de líderes sobre reforma administrativa. Antes, Luís Eduardo decidia tudo sozinho com FHC.

Quanta sinceridade!
De Teotonio Vilela (PSDB), respondendo se a oposição de ACM a parte do pacote não esconderia um projeto presidencial para 98: "É um parceiro. Não iria tirar proveito da crise."

A conferir
No cronograma que tucanos traçaram para FHC, se o presidente assumir o comando das reformas pra valer, elas seriam aprovadas até o Carnaval. Desde que haja convocação extraordinária do Congresso em janeiro.

Reativando alternativas
A crise entre ACM e o Planalto provocou um efeito imediato: reaproximou FHC e Itamar.

Liderança dividida
Quando FHC convidou Luís Eduardo Magalhães para ser líder do governo na Câmara, ACM foi ao Alvorada para deixar claro duas coisas: 1) exigia comando político único e 2) não permitiria que o filho fosse desmoralizado pelo trator Serjão.

Coqueiro no Planalto
Intriga que corre solta no Congresso: os Magalhães trabalham com um cenário pessimista e outro otimista para 98 e 99. No pessimista, Luís Eduardo seria eleito vice de FHC, e ACM se reelegeria presidente do Senado.

O poder é um elixir
Arraes (PSB) fez um check-up no final de semana. Está tinindo para quem fará 81 anos em dezembro. Até a miopia regrediu.

Por baixo dos panos
Sarney ligou para José Maranhão (PMDB-PB). Articula a contratação do advogado Saulo Ramos para os governadores irem ao STF contestar a constitucionalidade da obrigação dos Estados usarem 50% da privatização no abatimento de dívidas.

Visita à Folha
O reitor da Uniban (Universidade Bandeirante de São Paulo), Heitor Pinto Filho, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado do pró-reitor administrativo, Milton Linhares; do diretor de gabinete, Ellis Wayner Brown; do coordenador de Assuntos Comunitários, Américo Calandriello Junior, e de Carlos Brickmann, da Brickmann Comunicações.

TIROTEIO
De Silvio Torres (PSDB-SP), sobre João Paulo Cunha (PT-SP) ter dito que "em um final de semana a base fisiológica do governo tem tempo de produzir um rombo espetacular nos cofres públicos":
- Ao negar as reformas e defender o corporativismo, a oposição estimula a fisiologia e até se alia a ela contra o país.

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