São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 1997 |
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Brasil detecta seu 1º doping em piscinas MÁRIO MOREIRA MÁRIO MOREIRA; FAUSTO SIQUEIRA
FAUSTO SIQUEIRA Exames realizados em dois atletas convocados para o Mundial de natação, que acontece de 8 a 18 de janeiro, na Austrália, detectaram a presença de substâncias proibidas. A CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) informou que ainda não foram realizadas as contraprovas, mas se confirmados, serão os primeiros casos de doping na natação brasileira. Os atletas que estão sob suspeita são Hugo Duppré, 22, convocado para os 100 m borboleta, e Alexandre Massura, 22, reserva no revezamento 4 x 100 m livre. Os testes foram realizados durante o Troféu Brasil, competição realizada em outubro, nos sete nadadores que obtiveram índice. O laboratório responsável pelos exames é o da Universidade de Québec, no Canadá. O relatório emitido pelo instituto canadense, ao qual a Agência Folha teve acesso, não identifica os atletas por nomes, mas por números. Dentre os sete, dois aparecem com resultado positivo. O de número 067983, supostamente de Duppré, indica a presença da substância metabólitos de nandrolona. No teste 067988, que seria de Massura, o atleta teria utilizado lidocaína. Os resultados das contraprovas, que serão feitos pelo mesmo laboratório canadense, devem ser conhecidos na próxima semana. Até que o novo resultado seja conhecido, Duppré, que compete pela Universidade Santa Cecília, de Santos, está suspenso de todas as competições. Se o doping for confirmado, ele poderá ser suspenso por até quatro anos. Por se tratar de um analgésico, o suposto uso de lidocaína por Massura, que treina nos EUA e compete pelo Minas, pode ser justificado e não terá maiores consequências, segundo comunicado da CBDA. "O Hugo é um atleta brilhante e, até o resultado da contraprova, inocente. A confederação lamenta profundamente ", disse Coaracy Nunes, presidente da CBDA. O médico brasileiro Eduardo de Rose, membro do COI (Comitê Olímpico Internacional) e um dos maiores especialistas do mundo em doping, teria viajado ontem para o Canadá para acompanhar o novo exame, a pedido da CBDA. Se for suspenso, Duppré poderá recorrer à Comissão de Controle de Doping da CBDA, à Fina (Federação Internacional de Natação) ou à Corte de Arbitragem do Esporte do COI. Marcio Latuf, 41, técnico do atleta há dez anos, afirmou que Duppré jura inocência e pensa em deixar a natação caso seja punido. Ele não foi localizado durante toda a tarde de ontem. Com a Reportagem Local Texto Anterior: Bora Milutinovic perde emprego no México; Napoli nomeia novo treinador para Italiano; Astro do Milan bate Ferrari, mas sai ileso; Valencia põe Romário à venda, afirma jornal Próximo Texto: Contraprova acontece amanhã Índice |
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