São Paulo, quinta-feira, 27 de novembro de 1997
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CMN exigirá mais capital para risco

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O CMN (Conselho Monetário Nacional) deve aprovar hoje uma regra mais rígida para os bancos que operam no mercado futuro, no qual são realizadas operações especulativas de risco alto.
A idéia é exigir mais capital das instituições para cobrir eventuais prejuízos com essas operações.
Hoje, os bancos são obrigados a ter capital equivalente a 15% das posições em derivativos (como, por exemplo, contratos envolvendo cotação do dólar, taxas de juros ou índices no mercado futuro).
Ou seja, para cada R$ 100 aplicados nesse mercado, o banco precisa ter R$ 15 em seu capital.
A proposta, que será discutida hoje na reunião do CMN, é aumentar para cerca de 20% esse capital exigido.
Ao tornar essa regra mais rígida, o Banco Central espera dar maior solidez ao sistema financeiro e evitar descapitalização excessiva das instituições financeiras.
Foi o que ocorreu durante o crash global, ao final de outubro, quando bancos compraram dólares no mercado futuro apostando na desvalorização brusca do real.
Como suas previsões não se confirmaram, essas instituições tiveram grandes perdas -em alguns casos, superando o capital de 15% exigido para o volume de prejuízo. Essa situação criou um clima de incerteza no mercado sobre a saúde financeira de certos bancos.
Com o aumento do capital, o CMN procura limitar a posição de risco assumida pelos bancos.

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